Economia / Política Internacional
Joesley Batista se reúne com Trump e defende diálogo comercial entre EUA e Brasil
Encontro tratou do tarifaço sobre carne brasileira e da importação de celulose; empresários reforçam aproximação entre Trump e Lula
25/09/2025
22:45
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, foi recebido em audiência pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, há cerca de três semanas na Casa Branca. A reunião antecedeu o discurso em que o republicano sinalizou aproximação com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Assembleia-Geral da ONU.
Segundo fontes ouvidas pela Folha de S.Paulo, o encontro abordou o tarifaço de 50% aplicado contra a carne bovina brasileira e a pauta da celulose, setor que recentemente obteve alívio tarifário por parte do governo norte-americano.
Durante a reunião, Joesley defendeu que as diferenças comerciais entre Brasil e EUA poderiam ser resolvidas por meio do diálogo direto entre os dois governos. A JBS não comentou o encontro, e a Casa Branca não respondeu aos pedidos de posicionamento.
Carne bovina: produto brasileiro continua sob tarifa de 50% imposta por Trump. Interlocutores acreditam em possibilidade de inclusão na lista de isenções.
Celulose: em 5 de setembro, ordem executiva de Trump retirou a tarifa de 10% sobre o produto, beneficiando a indústria brasileira, que exportou 2,8 milhões de toneladas em 2024 (cerca de 15% das vendas externas de celulose do país).
A relação entre a JBS e Trump não é recente. Em 2017, a Pilgrim’s Pride, subsidiária da JBS e uma das maiores produtoras de aves dos EUA, doou US$ 5 milhões para a posse do republicano, a maior contribuição individual de uma empresa registrada à época. Hoje, quase 1 em cada 6 frangos consumidos nos EUA vem da Pilgrim’s, segundo dados da companhia.
Na semana de 11 de setembro, Joesley integrou uma comitiva de empresários brasileiros em Washington, ao lado de João Camargo (Esfera Brasil) e Carlos Sanchez (EMS). Eles participaram de reuniões com parlamentares republicanos, como Maria Elvira Salazar, próxima do secretário de Estado Marco Rubio, além de encontros com integrantes do Congresso e da equipe de Trump.
Na mesma ocasião, também se reuniram com Susie Wiles, chefe de gabinete do presidente norte-americano. A agenda se somou a encontros promovidos anteriormente pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) com o Departamento de Comércio e o USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA).
Além de articulações diretas, os empresários acionaram grupos de lobby nos EUA, reforçando a estratégia de aproximação econômica entre os dois países.
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