O ex-governador Reinaldo Azambuja oficializou neste domingo (21), em Campo Grande, sua filiação ao Partido Liberal (PL), com direito a casa cheia no Ondara Palace e discursos de apoio que projetam sua liderança como principal nome da direita em Mato Grosso do Sul.

Apoio nacional e mensagem da família Bolsonaro

Dividindo o palco com o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, e destinatário de um vídeo enviado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Azambuja foi recepcionado como o novo comandante da legenda no Estado.

“Ele que tem o comando do partido aqui em Mato Grosso do Sul. Essa foi a maior conquista que o Rogério Marinho e o Bolsonaro conseguiram trazer para o partido. Foi um grande acerto”, declarou Valdemar, ao destacar a autonomia de Azambuja.

No vídeo exibido aos presentes, Flávio Bolsonaro felicitou o ex-governador pela filiação e disse que, da Itália, onde visita a deputada Carla Zambelli (PL-SP) na prisão, acompanha os desdobramentos políticos em MS.

Críticas ao PT e defesa de Bolsonaro

No discurso, Azambuja fez questão de se alinhar ao ex-presidente Jair Bolsonaro, hoje em prisão domiciliar, afirmando que não o trairá.

“Ele foi injustiçado, condenado de forma política. Teve erros, perseguições, até mortes, mas a verdade é que essa condenação é política. Cada um de nós deve ter consciência disso”, disse Azambuja, arrancando aplausos da plateia.

O ex-governador ainda relembrou sua trajetória política marcada por embates com o PT e criticou diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva:

“Em 1997, na Prefeitura de Maracaju, enfrentei o PT. Em 2000, na reeleição, novamente enfrentei o PT. Em 2006, como deputado estadual, enfrentamos o PT. Em 2014, todos se lembram da eleição contra Delcídio do Amaral. Sempre estivemos do lado contrário ao PT e seguiremos assim”.

Presenças de peso no evento

O ato foi prestigiado pelo governador Eduardo Riedel (PP), pela senadora Tereza Cristina (PP), pelo senador Nelsinho Trad (PSD) e pelo ex-governador André Puccinelli (MDB). Prefeitos e vereadores de várias regiões também marcaram presença.

Riedel defendeu a presença de Azambuja no Senado:

“No ano que vem, temos eleição e não podemos abrir mão da presença do Reinaldo no Senado Federal. Ao lado da Tereza Cristina, será estratégico para o futuro do nosso Estado”.

Já Tereza Cristina reforçou a necessidade de ampliar a bancada da direita:

“Precisamos ter dois senadores de Mato Grosso do Sul defendendo nossa pauta em Brasília. Esse é o desafio”.

Reações da direita e de aliados

O deputado estadual Coronel David (PL) exaltou a filiação e reforçou a lealdade do ex-governador a Bolsonaro:

“Reinaldo entra pela porta da frente. Traz força, experiência e articulação política. Vai fazer com que o PL tenha protagonismo definitivo em MS. Bolsonaro é nosso líder maior, uma ideia viva no coração de milhões de brasileiros”.

O ex-senador Waldemir Moka (MDB) também destacou a liderança de Azambuja no campo conservador:

“Sempre estivemos juntos. Ele é hoje uma liderança muito forte da direita no Estado, e o MDB em MS sempre esteve contra o PT. É natural que apoiemos Reinaldo”.

Projeções para 2026

A filiação de Azambuja é vista como movimento estratégico para consolidar o PL como a maior força política de Mato Grosso do Sul. O ex-governador surge como pré-candidato ao Senado Federal em 2026, ao lado de Tereza Cristina, formando uma chapa considerada robusta pela direita local.

“Política se faz somando e multiplicando. Eu venho para fortalecer a direita, reeleger Eduardo Riedel e devolver o Brasil aos brasileiros”, concluiu Azambuja.