Campo Grande (MS), Domingo, 21 de Setembro de 2025

Política / Manifestação

Ato contra PEC da Blindagem leva 41,8 mil pessoas a Copacabana, segundo levantamento da USP

Evento reuniu artistas, parlamentares e movimentos sociais em protesto contra a anistia e privilégios a parlamentares

21/09/2025

19:00

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O protesto contra a PEC da Blindagem e o PL da Anistia reuniu 41,8 mil pessoas na orla de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, neste domingo (21). A estimativa foi feita pelo Monitor do Debate Político da USP (Universidade de São Paulo) em parceria com a ONG More in Common, a partir de fotos aéreas analisadas por inteligência artificial.

Segundo o levantamento, no pico, o público variou entre 36,8 mil e 46,8 mil participantes, com margem de erro de 12%. Para efeito de comparação, no ato pró-anistia realizado no mesmo local no 7 de setembro, o público estimado foi de 42,7 mil pessoas.

Protesto com música e arte

O ato foi marcado pela forte presença artística. Nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Djavan, Paulinho da Viola, Maria Gadú, Marina Sena, Lenine e o grupo Os Garotin se apresentaram em um trio elétrico montado no Posto 5, com Caetano liderando a manifestação.

Além dos shows, houve marcha contra a intolerância religiosa e cortejo de blocos carnavalescos, reforçando o caráter cultural e social do evento.

Presença política

Parlamentares de partidos de esquerda participaram da mobilização, entre eles os deputados federais Lindbergh Farias (PT), Talíria Petrone (PSOL), Chico Alencar (PSOL), Henrique Vieira (PSOL), Glauber Braga (PSOL) e Jandira Feghali (PCdoB). A deputada estadual Dani Balbi (PCdoB) e a vereadora carioca Thais Ferreira (PSOL) também marcaram presença.

Mobilização nacional

As manifestações contra a PEC e o projeto de anistia se espalharam por outras capitais e cidades do Brasil neste domingo, ampliando a pressão popular sobre o Congresso.

O que está em disputa no Congresso

A PEC da Blindagem, aprovada na Câmara na última terça-feira (16), prevê que deputados e senadores só poderão ser investigados pelo STF com autorização prévia de suas Casas Legislativas – 257 votos na Câmara ou 41 no Senado. A decisão seria em votação secreta, com prazo de até 90 dias para análise, ou 24 horas em casos de flagrante por crimes inafiançáveis.

Já o PL da Anistia, sob relatoria do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), busca perdoar ou reduzir penas de condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A proposta, vista como tentativa de blindagem política, foi um dos principais estopins para os atos deste domingo.


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