Política / Partidos
PT busca encontro com Riedel para oficializar saída da base e avalia transição gradual de indicados
Decisão foi motivada por divergências políticas após apoio do governador a Jair Bolsonaro
12/08/2025
13:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O PT (Partido dos Trabalhadores), que anunciou na última sexta-feira (8) o rompimento com o governador Eduardo Riedel (PSDB) em coletiva de imprensa, só deve formalizar o desligamento após um encontro presencial com o chefe do Executivo estadual. Riedel está em viagem à Ásia há mais de uma semana.
Segundo o deputado estadual Pedro Kemp, o processo pode ser gradual. Ele pondera que nem todos os cerca de 25 indicados pelo partido, que ocupam cargos comissionados no Governo, devem deixar as funções de imediato. Técnicos envolvidos em projetos estratégicos — como o fórum organizado pela Subsecretaria de Políticas Públicas LGBTQIA+ para o fim de agosto e ações voltadas à agricultura familiar — podem permanecer até a conclusão das atividades.
Kemp admitiu que, se algum indicado decidir permanecer no cargo contrariando a decisão partidária, poderá ser afastado da legenda.
A deputada Gleice Jane reforçou a importância de evitar prejuízos a políticas públicas e lembrou que a maioria dos indicados é concursada, apenas acumulando funções comissionadas.
A ruptura ocorreu após Riedel publicar mensagem nas redes sociais manifestando solidariedade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e criticando a prisão domiciliar decretada pelo STF. O episódio se somou a atritos anteriores, como divergências sobre a anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
A aliança entre PT e Riedel teve início no segundo turno das eleições de 2022, mas já estava fragilizada pelo contexto eleitoral de 2026, quando cada grupo deve lançar candidato próprio ao governo e à presidência.
O ex-governador Zeca do PT avaliou que as movimentações de Riedel e de Reinaldo Azambuja — com possibilidade de migrarem, respectivamente, para a federação União/PP e para o PL — inviabilizaram a continuidade da parceria. Para ele, a disputa eleitoral de 2026 no Mato Grosso do Sul deve ser polarizada entre a esquerda e a extrema-direita, levando a um segundo turno e dificultando uma eventual reeleição de Riedel.
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