Campo Grande (MS), Segunda-feira, 11 de Agosto de 2025

Interior / Dourados

Prefeitura e Governo Federal inauguram 1º Samu Indígena do Brasil em Dourados

Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, cancela vinda; solenidade será conduzida pelo prefeito Marçal Filho e pelo titular da Sesai, Weibe Tabeba

09/08/2025

07:10

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O município de Dourados (MS) vai entrar para a história da saúde pública nacional neste sábado (9), às 11h, com a inauguração do primeiro Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Indígena do Brasil. A cerimônia será conduzida pelo prefeito Marçal Filho e pelo titular da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), Weibe Tabeba, na Aldeia Jaguapiru.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que havia confirmado participação, cancelou sua vinda devido a conflito de agenda, conforme anunciou oficialmente a pasta nesta quinta-feira (7). Ele faria visitas técnicas às obras do Hospital Regional e ao Hospital Universitário da UFGD, além da inauguração do Samu.

Projeto inédito no país

O Samu Indígena é uma iniciativa inédita, desenvolvida pelo governo federal, por meio da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde e da Sesai, com acompanhamento do Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul (Dsei-MS). O modelo será piloto no Brasil e servirá de referência para implantação em outras reservas indígenas.

Instalado em área anexa ao Hospital Indígena Porta da Esperança, administrado pela Missão Evangélica Caiuá, o serviço foi estruturado para atender com rapidez e respeito às especificidades culturais das aldeias Jaguapiru e Bororó, que juntas formam a maior reserva indígena urbana do país.

“É um marco para a saúde indígena. Dourados está saindo na frente ao oferecer um atendimento mais ágil e respeitoso à nossa população indígena”, destacou Marçal Filho, responsável por garantir o suporte estrutural para viabilizar o projeto.

Estrutura e atendimento

O serviço será integrado à Central de Regulação do Samu e funcionará pelo telefone 192, com equipe de 14 profissionais, incluindo motoristas, técnicos e enfermeiros. Segundo o coordenador regional do Samu, médico Otávio Miguel Liston, todos os motoristas e parte da equipe de enfermagem serão indígenas da própria comunidade, o que garantirá respostas mais rápidas às ocorrências.

O atendimento seguirá os mesmos protocolos do Samu convencional, com avaliação inicial (anamnese) e encaminhamento do paciente ao destino mais adequado, que pode ser o Hospital da Missão, a UPA ou outros hospitais da cidade, conforme a gravidade.

Cultura e representatividade

A cerimônia de inauguração terá apresentações das Rezadeiras da Reserva Indígena e do Grupo Terena, que levará a dança “Nanzopune” (“Meu Sonho”). Lideranças das três etnias presentes na região — Guarani, Caiuá e Terena — foram convidadas a participar.

A iniciativa reforça o compromisso do município, do governo estadual e do governo federal com uma política de saúde inclusiva e voltada às especificidades das comunidades indígenas.


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