Empreendedorismo
Grupo Dakila assume 70% do antigo terminal rodoviário e promete revitalização com investimentos e geração de empregos
Empreendimento liderado por Urandir Fernandes de Oliveira prevê transformar prédio histórico em polo comercial alternativo até 2026
05/08/2025
07:15
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
O grupo Dakíla Pesquisas, liderado por Urandir Fernandes de Oliveira, adquiriu 22 salas comerciais no prédio da antiga rodoviária de Campo Grande, o que representa cerca de 70% do imóvel atualmente conhecido como Centro Comercial Condomínio Terminal Oeste. A proposta é ambiciosa: transformar o espaço em um ecossistema de negócios inovador, misturando ciência alternativa, varejo e empreendedorismo.
O plano prevê a instalação de empresas do próprio grupo, como a Kion Cosméticos e a Zigurates Materiais de Construção, além de um mercado, cafeteria e restaurante japonês. A expectativa é de que as obras comecem em setembro deste ano e as primeiras operações iniciem em 2026.
“A ideia é transformar o prédio em um centro comercial moderno, que contribua para valorizar a região central”, declarou a assessoria do grupo Dakíla.
Segundo estimativas da organização, o projeto pode gerar 280 empregos diretos e até 700 indiretos. Dezessete empresas já foram convidadas a integrar o novo polo comercial e, de acordo com o grupo, a maioria demonstrou interesse.
O movimento coincide com um processo de valorização imobiliária na região. Após o início da revitalização do prédio, nenhuma sala é vendida hoje por menos de R$ 100 mil, segundo levantamento.
Urandir Fernandes de Oliveira é o criador da Cidade Zigurats, construída em Corguinho (MS) desde 1997, onde promove eventos, comercializa imóveis com moeda própria (BDM) e mistura ciência, espiritualidade e teorias não reconhecidas pela comunidade acadêmica.
Ele ganhou projeção nacional com o personagem ET Bilu e, nos últimos anos, passou a divulgar a existência da civilização perdida Ratanabá, supostamente soterrada na Amazônia. A teoria, embora sem respaldo científico, chegou a ser endossada por figuras do governo Bolsonaro, como o ex-secretário de Cultura Mario Frias.
Desativada em 31 de janeiro de 2010, a antiga rodoviária de Campo Grande foi construída nos anos 1970. Desde então, diversos projetos de ocupação fracassaram, incluindo propostas de universidades públicas.
A revitalização oficial do prédio começou em julho de 2022, com orçamento de R$ 16,5 milhões, sendo R$ 15,3 milhões do Ministério do Desenvolvimento Regional e R$ 1,2 milhão da Prefeitura Municipal. A área reformada abrange 5.100 m², além da construção de mais 1.070 m² em dois pavimentos.
A entrega já teve várias datas adiadas — de junho de 2023, passando por 2024 e agora prevista para o fim de 2025.
A aposta do grupo Dakíla é que o novo centro comercial se torne um polo de inovação e turismo místico. A proposta integra o conceito de ecossistema integrado de negócios, com empresas complementares e foco em áreas como bem-estar, ciência fora dos padrões convencionais e espiritualidade.
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