Campo Grande (MS), Sábado, 02 de Agosto de 2025

Economia / Política

ALEMS pode criar comissão para acompanhar impactos do tarifaço dos EUA em Mato Grosso do Sul

Deputados retomam sessões na próxima terça-feira (5) e tema deve dominar debates; presidente Gerson Claro defende diálogo e aplicação da Lei da Reciprocidade

01/08/2025

12:45

DA REDAÇÃO

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O início do segundo semestre legislativo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), marcado para a próxima terça-feira (5), deve ter como destaque a possível criação de uma comissão especial para acompanhar os efeitos do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida, anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump, entra em vigor no dia 7 de agosto e ameaça afetar diretamente setores estratégicos da economia, especialmente o agronegócio.

O presidente da ALEMS, deputado Gerson Claro (PP), adiantou que o tema exigirá amplos debates e defendeu o diálogo como caminho prioritário. “Precisamos tratar a Lei da Reciprocidade Comercial, sancionada recentemente, como uma alternativa necessária frente às barreiras internacionais”, afirmou.

Preocupação com economia estadual

Claro destacou que o impacto do tarifaço poderá ser significativo para Mato Grosso do Sul, especialmente na exportação de commodities e produtos agroindustriais. Ao final do último semestre, o parlamentar já havia manifestado preocupação com a medida e sinalizado a importância de o Legislativo estadual acompanhar de perto as negociações do Governo Federal com os EUA.

Consulta e articulação política

A proposta de criar a comissão deve ser discutida entre os parlamentares logo na primeira sessão. Gerson Claro também mencionou a possibilidade de convocar uma reunião com os senadores Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP) — que integraram a missão oficial do Senado aos Estados Unidos nesta semana para tratar do assunto.

Tereza Cristina foi relatora do PL 2.088/2023, que deu origem à Lei da Reciprocidade, permitindo que o Brasil adote contramedidas comerciais contra países ou blocos econômicos que restrinjam as exportações brasileiras, como Estados Unidos e União Europeia.


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