Campo Grande (MS), Quarta-feira, 16 de Julho de 2025
Economia / Agronegócio
Exportação de carne de MS aos EUA é suspensa após tarifaço de Trump
Deputado Paulo Duarte chama medida de 'maluquice' e governo estadual alerta para impactos na cadeia produtiva
16/07/2025
09:15
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Com a iminente entrada em vigor do tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump sobre produtos brasileiros, frigoríficos de Mato Grosso do Sul suspenderam as exportações de carne bovina para os Estados Unidos. A decisão é vista como uma resposta direta ao aumento das tarifas, que passa a valer a partir de 1º de agosto.
O deputado estadual Paulo Duarte (PSD) criticou duramente a decisão do presidente americano. “Isso era esperado depois da maluquice do Trump”, declarou o parlamentar ao Jornal Midiamax, defendendo a necessidade de o Brasil buscar novos mercados internacionais e, paralelamente, estimular o consumo interno. “Inclusive pode baixar o preço para o consumidor”, afirmou.
Apesar da suspensão das exportações aos EUA, o Sincadems (Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de MS) informou que os abates continuam normalmente nas plantas frigoríficas, exceto nas unidades habilitadas para o mercado norte-americano, que já começam a reduzir as escalas de produção.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, alertou para os efeitos da medida. Segundo ele, a dificuldade de redirecionar rapidamente a carne para outros países pode forçar a colocação do excedente no mercado interno, o que poderá:
Aumentar a oferta de carne bovina no Brasil;
Levar à redução no preço ao consumidor;
Causar uma possível queda no valor da arroba do boi, afetando produtores.
“A gente não consegue colocar esse produto rapidamente em outro mercado internacional. A consequência seria jogar no mercado interno, o que pode baixar o preço da carne e da arroba do boi. Por isso é tão preocupante esse tarifaço”, explicou Verruck.
Redução das exportações de carne de MS aos EUA;
Pressão sobre o mercado interno de carne bovina;
Risco de desvalorização da arroba e prejuízos ao setor produtivo;
Necessidade urgente de diversificação de mercados para exportação.
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