Política / Economia
Alcolumbre, Hugo Motta e Alckmin reagem ao tarifaço de Trump e pedem união nacional para defender soberania do Brasil
Parlamentares e vice-presidente classificam taxação dos EUA como agressão injusta e reforçam apoio a medidas de retaliação lideradas pelo Executivo
16/07/2025
10:55
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Em meio ao agravamento das tensões comerciais com os Estados Unidos, os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se reuniram nesta quarta-feira (16) com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) para discutir os efeitos do tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump sobre produtos brasileiros. O encontro ocorreu em Brasília e foi marcado por apelos à união entre os Poderes e defesa da soberania nacional.
“Vejo um momento de agressão ao Brasil e aos brasileiros, isso não é correto. Temos que ter firmeza, resiliência e tratar com serenidade essa relação”, afirmou Davi Alcolumbre, que prometeu total apoio do Parlamento às medidas do Executivo.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, reforçou que o Congresso já aprovou a Lei da Reciprocidade, permitindo ao Brasil adotar medidas simétricas em relação a países que desrespeitem acordos comerciais ou imponham barreiras consideradas unilaterais.
“O Brasil não pode ser levado a situações em que decisões externas interfiram na nossa soberania”, destacou Motta. “Estamos prontos para agir com rapidez e dar a retaguarda necessária ao presidente Lula.”
A reunião foi realizada em clima de alerta, após a divulgação da carta de Trump ao presidente Lula, na qual o republicano justifica a taxação como resposta a supostos ataques à liberdade de expressão e insinua uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Líder da pasta de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Alckmin tem conduzido a articulação diplomática e técnica para enfrentar a crise. Segundo ele, a decisão do governo americano é “totalmente inadequada e injusta”, e baseada em alegações falsas, como a de que os EUA teriam déficit comercial com o Brasil.
“A balança comercial é favorável aos EUA. Dos 10 principais produtos que eles exportam para o Brasil, oito não têm nenhuma taxação”, esclareceu Alckmin.
O vice-presidente lembrou que a tarifa média de importação aplicada pelo Brasil é de apenas 2,7%, desmontando o argumento de supostas barreiras ao comércio americano.
Segundo fontes do Executivo, o governo Lula estuda uma ação multilateral na OMC (Organização Mundial do Comércio), além da aplicação da Lei de Reciprocidade para setores sensíveis aos EUA, como tecnologia, defensivos agrícolas e etanol.
Há também possibilidade de retaliação em acordos bilaterais e reforço de parcerias com China, União Europeia, Mercosul e países asiáticos para escoamento da produção afetada.
A reunião entre Alcolumbre, Motta e Alckmin marca um movimento de convergência institucional, considerado estratégico para dar respaldo político e jurídico às medidas do Executivo. Nos bastidores, líderes partidários destacam que o momento é de “defesa do Brasil, acima das disputas internas”.
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