Economia / Política
Deputado Rinaldo Modesto defende novos parceiros comerciais após suspensão de exportações de carne para os EUA
Frigoríficos de MS interrompem embarques diante do tarifaço de Trump; governo estadual alerta para impactos no setor
16/07/2025
09:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Com a decisão de frigoríficos de Mato Grosso do Sul de suspender as exportações de carne bovina aos Estados Unidos, diante da iminente entrada em vigor da tarifa de 50% imposta por Donald Trump, o deputado estadual Rinaldo Modesto (Podemos) defendeu a busca por novos parceiros comerciais internacionais.
“Carne é uma das matrizes econômicas mais fortes do nosso Estado. Cabe a gente procurar outros parceiros comerciais. Mas, enfim, espero que essa situação seja resolvida quanto antes”, afirmou o parlamentar em entrevista ao Jornal Midiamax.
Rinaldo também criticou a postura de Trump, classificando o aumento tarifário como uma medida de pressão política disfarçada de estratégia comercial. “Ele usa isso para negociar com os países, mas depois volta atrás. Está misturando questões comerciais, que deveriam seguir tratados, com disputas políticas”, avaliou.
Segundo o parlamentar, os problemas envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro devem ser tratados no âmbito nacional, sem interferência externa. “O Brasil tem mais de 210 milhões de habitantes, é uma democracia, e temos uma Justiça. Somos nós que devemos resolver nossos problemas internos”, destacou Rinaldo.
Mesmo com a suspensão das exportações para os EUA, o Sincadems (Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de MS) informou que os abates continuam normalmente nas plantas frigoríficas, exceto nas unidades habilitadas para exportação ao mercado norte-americano, que já começam a reduzir suas escalas.
O secretário estadual Jaime Verruck, titular da Semadesc, apontou que uma das alternativas é redirecionar a produção ao mercado interno, o que pode gerar efeitos positivos e negativos:
Aumento da oferta de carne no Brasil;
Possível queda no preço da proteína ao consumidor;
Redução no valor da arroba do boi, afetando a rentabilidade dos produtores.
“Não conseguimos colocar esse produto rapidamente em outro mercado internacional. A consequência seria jogá-lo no mercado interno, com aumento de oferta e redução de preço. Por isso esse tarifaço é tão preocupante”, alertou Verruck.
Com a ruptura comercial iminente entre MS e os EUA, autoridades locais reforçam a necessidade de:
Diversificação de parceiros comerciais internacionais (como China, Oriente Médio e países asiáticos);
Valorização do mercado interno brasileiro, com estímulo ao consumo local;
Ações diplomáticas e econômicas para mitigar impactos no setor pecuário.
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