Política / Economia
Gerson Claro defende diplomacia e equilíbrio frente ao tarifaço de Trump contra o Brasil
Presidente da Assembleia Legislativa de MS alerta para impacto nas exportações estaduais e pede responsabilidade institucional
10/07/2025
20:45
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Durante a sessão plenária desta quinta-feira (10), o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), deputado Gerson Claro (PP), manifestou preocupação com a decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. O parlamentar defendeu uma postura conciliadora e diplomática por parte do governo federal para evitar o agravamento da crise comercial.
“Essa não é uma questão ideológica. É uma questão de Estado. O presidente Lula, como chefe de Estado, precisa atuar com equilíbrio, assim como tem feito com países como China, Rússia e Irã”, declarou Gerson.
O deputado adotou tom moderado ao analisar o episódio e pontuou que a medida não deve ser encarada como retaliação pessoal ao Brasil, mas sim dentro de um contexto de estratégia comercial internacional comum entre países.
“Infelizmente, o tema foi politizado internamente. Essa política tarifária adotada por Trump não é dirigida ao Brasil em particular”, afirmou.
Gerson Claro alertou para os impactos econômicos que a medida pode gerar especialmente em Mato Grosso do Sul, que possui forte relação comercial com os Estados Unidos. Dados do Comex Stat apontam que, entre janeiro e abril de 2025, o estado exportou R$ 315,4 milhões em produtos para os EUA, com destaque para carne bovina congelada, celulose e ferro fundido.
“Nosso estado é grande exportador. Um agravamento dessa crise comercial pode afetar diretamente setores estratégicos, como o da celulose e do etanol”, destacou.
Gerson também mencionou a Lei da Reciprocidade Comercial, sancionada em abril, que prevê retaliações econômicas e suspensão de concessões contra países que adotem barreiras unilaterais contra o Brasil. A proposta foi relatada pela senadora Tereza Cristina (PP), de Mato Grosso do Sul, e incluiu a possibilidade de medidas envolvendo até direitos de propriedade intelectual.
“A lei dá ao Brasil ferramentas para se proteger. Mas o ideal é que o diálogo prevaleça. Precisamos maturidade e liderança institucional”, defendeu.
Gerson Claro encerrou sua fala destacando que o momento exige serenidade por parte do governo federal, com busca de entendimento direto entre os chefes de Estado.
“Acredito que o presidente Lula terá a sensibilidade de buscar uma conversa pacífica com o presidente Trump. O caminho é o da diplomacia”, finalizou.
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