Meio Ambiente / Símbolo
Arara-azul é oficializada como ave símbolo de Mato Grosso do Sul
Espécie ameaçada de extinção reforça identidade ambiental do estado ao lado do tuiuiú, símbolo do Pantanal
04/07/2025
12:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) agora é oficialmente a ave símbolo de Mato Grosso do Sul. A honraria foi concedida pela Lei Estadual nº 6.442, sancionada em 3 de junho de 2024 e publicada nesta quinta-feira (4) no Diário Oficial do Estado. A proposta é de autoria do deputado estadual Junior Mochi (MDB), que também assinou a lei que, na semana passada, reconheceu o tuiuiú como ave símbolo do Pantanal sul-mato-grossense.
A nova legislação busca reforçar o compromisso de Mato Grosso do Sul com a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável, conforme destacou o parlamentar.
“Essas leis simbolizam o reconhecimento do nosso patrimônio natural e o compromisso com a biodiversidade do estado”, afirmou Mochi.
Classificada como vulnerável pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e como quase ameaçada de extinção no Brasil pela lista do Ministério do Meio Ambiente (2018), a arara-azul habita principalmente o bioma Pantanal. Sua presença está associada a áreas com palmeiras de acuri, bocaiúva e manduvis, que fornecem tanto alimento quanto espaço para nidificação.
Estudo de 2003 realizado pelo Instituto Arara Azul estimava cerca de 5 mil indivíduos no Pantanal sul-mato-grossense. Desde então, o trabalho de conservação inclui a instalação de ninhos artificiais e monitoramento das populações.
Em 2023, os incêndios que devastaram o Pantanal comprometeram seriamente a sobrevivência da espécie. O fogo destruiu árvores, alimentos, ninhos naturais e artificiais, forçando o instituto a reconstruir parte da estrutura com ajuda de doações de apoiadores.
“As araras viveram uma situação dramática. A destruição do habitat, dos ninhos e das árvores afetou diretamente sua reprodução”, informou o Instituto Arara Azul em nota.
Além dos incêndios, a arara-azul sofre com:
Captura ilegal para o comércio e domesticação (intensa até a década de 1980);
Destruição do habitat devido a queimadas, pecuária e agricultura extensiva;
Caça e coleta de penas para o artesanato.
A nomeação como símbolo estadual visa ampliar a visibilidade sobre a importância da conservação da espécie, mobilizando esforços públicos e privados em sua defesa.
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