Segurança / Trânsito
Pressa dos motoristas é a principal causa de acidentes em Campo Grande, alerta juiz de trânsito
Capital já soma 25 mortes em 2025; no Estado, são mais de 100 vidas perdidas até junho
05/06/2025
09:00
DA REDAÇÃO
Juiz do Trânsito, Dr Djailson de Souza ©REPRODUÇÃO
O número de mortes no trânsito em Campo Grande cresceu no primeiro semestre de 2025. De janeiro a maio, foram registradas 25 mortes, contra 21 no mesmo período de 2024, segundo dados da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Em nível estadual, a situação é ainda mais crítica: 102 mortes foram contabilizadas até o dia 5 de junho.
Diante do aumento, o juiz de trânsito Djailson de Souza alertou, em entrevista ao programa Jornal da Hora nesta quinta-feira (5), que a pressa dos motoristas é a origem da maioria dos acidentes.
“Tudo começa com a pressa. É colisão traseira, invasão de preferencial… O sujeito chega no cruzamento, vê a sinalização 'PARE' no chão e mesmo assim avança. Por quê? Porque tem pressa”, declarou o juiz.
Segundo o juiz, os comportamentos mais recorrentes que resultam em acidentes nas ruas e avenidas da capital incluem:
Avanço de preferenciais e cruzamentos sinalizados
Mudança de faixa sem a devida cautela
Movimentação lateral com pressa, apenas acionando a seta sem observar se há espaço seguro
Uso inadequado dos chamados “corredores de moto”
Dr. Djailson também destacou que motociclistas podem sim utilizar os corredores, mas precisam respeitar normas específicas para não colocar a própria vida — e a dos demais — em risco.
“Para existir um corredor, é necessário que a via tenha pelo menos duas faixas no mesmo sentido, e o corredor deve ser entre os carros, nunca entre o carro e o meio-fio”, explicou.
O uso do corredor de forma imprudente, em locais estreitos ou de mão única, ele alerta, aumenta drasticamente o risco de colisões, especialmente laterais, com abertura de portas e freadas inesperadas.
Com mais de 100 mortes no trânsito em Mato Grosso do Sul apenas nos cinco primeiros meses do ano, autoridades alertam para a urgência de campanhas educativas, fiscalização mais eficiente e mudanças no comportamento dos condutores.
Para o juiz Djailson de Souza, a educação no trânsito e o respeito às normas de circulação são o único caminho possível para reverter o cenário preocupante:
“Não é o celular, não é o álcool, não é a velocidade. É a pressa. Se o motorista desacelerar, respeitar as regras, olhar para os outros condutores, pedestres e ciclistas, todos saem ganhando.”
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