Política / Justiça
MPE investiga vereadora Isa Marcondes por denúncias em fiscalizações na saúde de Dourados
Parlamentar é acusada de incitar hostilidade contra profissionais; Promotor dá 10 dias para apresentação de esclarecimentos formais
07/05/2025
18:00
CE
DA REDAÇÃO
Vereadora "dona de zona" vira alvo de investigação do MPE - Reprodução Redes Sociais
A vereadora Isa Jane Marcondes (Republicanos), conhecida como “cavala”, está sendo investigada pelo Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul (MPMS) por suas ações de fiscalização em unidades de saúde de Dourados, que resultaram em denúncias de profissionais da área médica. O promotor Amílcar Araújo Carneiro Júnior estabeleceu o prazo de 10 dias para que a parlamentar apresente esclarecimentos formais sobre sua conduta e o conteúdo dos vídeos publicados em suas redes sociais.
A apuração teve início com denúncia da Fundação de Serviços de Saúde de Dourados (Fundsaud), feita em 19 de dezembro de 2024, acusando a vereadora de causar insegurança com postagens consideradas “infundadas” sobre o funcionamento de unidades como UPAs e o Hospital da Vida.
Segundo uma médica que atua na rede pública, as críticas da parlamentar nas redes sociais “causaram danos à reputação da equipe médica e geraram um ambiente de hostilidade por parte da população”.
Inicialmente, o MP não pôde atuar sobre o caso por se tratar de ações anteriores à posse da vereadora. Com a diplomação em janeiro de 2025, as investigações passaram a considerar a atuação como parlamentar.
Durante uma reunião em 13 de fevereiro, médicos alertaram o MP sobre a possibilidade de abandono do serviço público, caso as "incitações ao ódio" e os ataques virtuais por parte da vereadora persistam. A Associação Médica, a diretoria do Hospital da Vida e representantes do SIMED/MS participaram do encontro.
Vereadora Isa Marcondes deve se manifestar oficialmente em até 10 dias;
A Câmara Municipal de Dourados será comunicada sobre o caso;
A Promotoria Criminal será acionada com base em denúncia formal do SIMED;
A 16ª Promotoria de Justiça receberá cópias da atuação da parlamentar;
A Secretaria Municipal de Saúde deve informar, em 10 dias, quais medidas de segurança estão sendo adotadas para proteger os profissionais;
Um novo procedimento investigativo foi aberto para apurar denúncias feitas pelo médico Carlos Humberto Targa Moreira, sobre suposta negligência no Hospital da Vida.
A investigação deve continuar nos próximos 90 dias, podendo culminar em responsabilização criminal, civil ou ética, a depender das provas colhidas. O MP avalia também a necessidade de atuação mais rígida contra a exposição de servidores públicos nas redes sociais por parlamentares.
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