Política / Governo do Estado
Riedel anuncia campanha de conscientização após ataque de onça no Pantanal
Governador propõe protocolos de segurança e alerta sobre riscos da ceva de animais silvestres
24/04/2025
18:15
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
Após o ataque fatal de uma onça-pintada no Pantanal, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), anunciou nesta quinta-feira (24) o lançamento de uma campanha estadual de conscientização sobre a convivência segura com animais silvestres. A iniciativa será voltada tanto a turistas quanto aos moradores da região.
“A gente trabalha para prevenir esse tipo de episódio, com conscientização, porque os animais são responsabilidade do Estado”, declarou Eduardo Riedel, durante entrevista coletiva.
O caso que originou a medida foi a morte do caseiro Jorge Ávalo, atacado por uma onça na região pantaneira. O animal foi capturado pela Polícia Militar Ambiental (PMA) e transferido ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande.
“Ela está magra, muito magra. Agora, precisamos avaliar os próximos passos”, relatou o professor Geanderson Araújo, da UFMS, que participou da captura.
Durante a coletiva, Riedel alertou para práticas perigosas como a ceva de onças por turistas:
“Temos que conscientizar as pessoas dos riscos. Vemos turistas jogando comida para as onças, se aproximando demais da margem. É um risco”, pontuou.
O governador afirmou que o turismo no Pantanal ainda é recente e carece de diretrizes claras:
“É um processo educativo. Era uma região pouco visitada e hoje atrai turismo selvagem e de pesca. Precisamos estabelecer protocolos adequados”, disse.
O felino, um macho com 94 quilos, foi capturado pela PMA na madrugada desta quinta-feira. As buscas contaram com mais de dez policiais e um biólogo, após relatos de desaparecimento do caseiro e vestígios de sangue e pegadas de grande porte próximos à propriedade onde Jorge Ávalo residia.
A área de difícil acesso exigiu deslocamento por embarcação e aeronave, com o apoio do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (GPA) e da Polícia Civil.
As autoridades também destacaram que o rancho onde ocorreu o ataque não tinha câmeras em funcionamento, dificultando a apuração. Imagens dos vestígios circularam nas redes sociais, intensificando o debate sobre segurança no ecoturismo.
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