Política / Justiça
Moraes arquiva investigação contra Bolsonaro sobre fraude em cartão de vacina
Decisão atende a pedido da PGR, que não encontrou provas que confirmassem a delação de Mauro Cid sobre a suposta fraude
28/03/2025
15:29
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (28) o arquivamento da investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Gutemberg Reis por suposta participação em um esquema de fraude nos certificados de vacinação contra a Covid-19.
A decisão segue pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), apresentado pelo procurador-geral Paulo Gonet, que alegou falta de provas que confirmassem a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Em sua delação, Mauro Cid afirmou ter agido a mando do ex-presidente na inserção de dados falsos sobre vacinação nos sistemas do Ministério da Saúde. A Polícia Federal, que investigava o caso, confirmou que os dados foram inseridos e posteriormente apagados, mas, segundo a PGR, não houve provas suficientes de que Bolsonaro tenha dado a ordem diretamente.
“Não se trata de afirmar que não houve crime, mas sim que não foi cumprida a exigência legal de confirmação da delação com provas independentes”, argumentou Paulo Gonet.
A investigação da PF havia resultado no indiciamento de Bolsonaro, Mauro Cid, Gutemberg Reis e outras 14 pessoas, pelos crimes de:
Associação criminosa
Inserção de dados falsos em sistema público
Entretanto, a PGR concluiu que não houve elementos suficientes para apresentar denúncia formal contra o ex-presidente e o parlamentar.
No caso do deputado Gutemberg Reis, a PGR destacou que há indícios de que ele se vacinou de fato, além de ter feito postagens públicas incentivando a imunização contra a Covid-19.
Embora o conteúdo de sua delação premiada não tenha sido confirmado no caso do cartão de vacina, Mauro Cid segue como colaborador da Justiça, e suas declarações foram aproveitadas no processo que apura a tentativa de golpe de Estado — no qual Bolsonaro já é réu no STF.
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