Campo Grande (MS), Terça-feira, 01 de Abril de 2025

Política / Justiça

PGR defende prisão domiciliar para mulher que pichou estátua do STF nos atos de 8 de janeiro

Débora Rodrigues é acusada de cinco crimes; Moraes votou por pena de 14 anos, mas Fux pediu revisão e sugeriu pena menor

28/03/2025

12:57

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta sexta-feira (28) favorável à concessão de prisão domiciliar para Débora Rodrigues dos Santos, ré por pichar a estátua “A Justiça”, localizada em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Apesar de ter rejeitado o pedido de liberdade total feito pela defesa, a PGR considerou adequado o cumprimento da pena em regime domiciliar, diante do fato de Débora ser mãe de filhos menores de 12 anos e do encerramento das investigações por parte da Polícia Federal.

⚖️ Julgamento em andamento no STF

O caso está sendo analisado pela Primeira Turma do STF, e teve início na semana passada. O relator, ministro Alexandre de Moraes, votou pela condenação de Débora a 14 anos de prisão. O voto foi acompanhado pelo ministro Flávio Dino.

Contudo, o julgamento foi suspenso após pedido de vista do ministro Luiz Fux, que indicou a necessidade de rever a dosimetria da pena.

“Eu tenho que fazer uma revisão dessa dosimetria, porque se a dosimetria é inaugurada pelo legislador, a fixação da pena é do magistrado”, afirmou Fux durante a sessão.

🟥 Confissão e apelo por perdão

Durante depoimento no processo, Débora reconheceu a ilegalidade de seus atos, classificando sua conduta como um erro. Ela afirmou que feriu o Estado Democrático de Direito e pediu perdão à Justiça.

A PGR, entretanto, sustenta que a ré aderiu aos movimentos golpistas com o objetivo de impedir a posse do presidente eleito, e destaca que ela acampou em frente ao QG do Exército na véspera dos ataques — local onde grupos pediam intervenção militar, o que é inconstitucional.

📋 Acusações contra Débora Rodrigues

A cabeleireira responde na Justiça por cinco crimes:

  1. Abolição violenta do Estado Democrático de Direito

  2. Tentativa de golpe de Estado

  3. Dano qualificado

  4. Deterioração de patrimônio tombado

  5. Associação criminosa armada

A decisão final da Primeira Turma do STF ainda depende da manifestação dos demais ministros, após o voto de Fux.

'A Justiça', de Alfredo Ceschiatti, é pichada em ato terrorista em Brasília — Foto: Redes sociais

     


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