Campo Grande (MS), Sexta-feira, 24 de Janeiro de 2025

CONSUMO

Como identificar se a carne está apta para consumo ou estragada

Dicas essenciais para garantir a segurança alimentar e evitar riscos à saúde

24/01/2025

08:00

NAOM

DA REDAÇÃO

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Quando comprar carnes para o preparo e consumo em casa, é preciso atenção para as maneiras corretas de armazenamento, higienização e preparo. Carnes de todos os tipos só devem ser guardadas em geladeira caso forem ser preparadas e consumidas no mesmo dia da compra.

Cerca de 800 toneladas de carne estragada foram compradas para revenda. Os pacotes de carne suína, bovina e avícola ficaram submersos nas enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul em 2024.

A empresa Tem Di Tudo Salvados, de Três Rios (RJ), realizou a transação sob a alegação de que a mercadoria seria usada para a fabricação de ração animal, mas o carregamento foi "maquiado" para ser distribuído em diversas regiões do Brasil. Nesta quarta-feira (22), uma operação da Delegacia do Consumidor do RJ e do RS prendeu quatro pessoas, incluindo o dono da empresa.

O consumo de carne estragada apresenta um risco à saúde e à vida da população, já que existem doenças que podem ser transmitidas pela condição do alimento, como as zoonoses E-coli e a Salmonella. Para prevenir a intoxicação, é importante saber distinguir quando a carne está apta para consumo e também como higienizá-la e prepará-la da maneira correta.

O Ministério da Saúde alerta para os sintomas das doenças transmitidas por alimentos ou água. São esses o vômito, a diarreia líquida, náusea, cólicas abdominais e até mesmo febre. A depender da gravidade da doença transmitida, pode também resultar em distúrbios neurológicos, infecção generalizada e levar à morte.


COMO SABER SE A CARNE ESTÁ ESTRAGADA?

A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Mato Grosso do Sul detalha seis passos para identificar se uma carne está ou não fresca:

  1. Verificar a Data de Validade: Sempre confira a data de validade na embalagem. Se o produto estiver fora do prazo, mesmo em promoção, é melhor não arriscar.

  2. Checar a Cor do Alimento:

    • Carne vermelha picada deve ter cor vermelho púrpura, puxada para o roxo.
    • Carne de aves pode variar do branco ao amarelo e deve ter uma superfície brilhante e firme.
  3. Inspecionar a Embalagem: Segundo recomendações do Departamento de Nutrição da UnB (Universidade de Brasília), a embalagem não pode estar estufada, amassada, enferrujada ou rasgada.

  4. Verificar o Selo de Garantia: Um produto confiável deve ter o selo de garantia do Serviço de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura.

  5. Avaliar o Cheiro: Se sentir algum cheiro incomum, não consuma. O cheiro pode ser um indicador claro de que a carne está estragada.

  6. Observar a Textura e Manchas:

    • Textura viscosa ou pegajosa sinaliza que o alimento está se deteriorando.
    • Manchas pretas ou verdes também indicam deterioração.

A gordura de uma carne saudável é branca e firme. Se a carne já estiver preparada, atente-se para texturas viscosas ou gelatinosas e manchas, o que indica que também não está em condições favoráveis.


CUIDADOS COM A CARNE

Quando comprar carnes para o preparo e consumo em casa, é preciso atenção para as maneiras corretas de armazenamento, higienização e preparo. Carnes de todos os tipos só devem ser guardadas em geladeira caso forem ser preparadas e consumidas no mesmo dia da compra. Se não, o ideal é congelá-las em uma temperatura de -18°C. Uma vez descongelada, a carne não pode voltar ao refrigerador.

Bactérias se desenvolvem em ambientes com temperaturas entre 15 e 70°C. Por isso, deixar carnes em temperatura ambiente pode acarretar em um acúmulo de microorganismos maléficos. Além disso, carnes bovinas, suínas, de ave e peixe devem ser cozinhadas acima dessa temperatura e estar totalmente descongeladas antes do cozimento.

Manter a higiene do ambiente, dos utensílios e das mãos sempre antes de manusear e preparar o alimento pode prevenir a proliferação das bactérias. Guarde as sobras em recipientes com tampa e em locais refrigerados, reaquecendo sempre antes de consumir novamente.


Principais Destaques:

  • 800 toneladas de carne estragada foram compradas para revenda após enchentes no Rio Grande do Sul em 2024.
  • Tem Di Tudo Salvados, de Três Rios (RJ), envolvida na distribuição irregular de carne.
  • Delegacia do Consumidor do RJ e do RS prendeu quatro pessoas pela operação.
  • Ministério da Saúde alerta para E-coli e Salmonella decorrentes do consumo de carne estragada.
  • Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Mato Grosso do Sul oferece seis passos para identificar carne fresca.
  • Departamento de Nutrição da UnB recomenda inspecionar embalagens e selo de garantia do SIF.
  • Regras de armazenamento incluem congelamento a -18°C e evitar temperatura ambiente.

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