JUSTIÇA
MP quer blogueiro preso por espalhar fake news e cometer violência política
Dono de página famosa no Instagram foi alvo de operação conduzida pelo Gaeco durante campanha eleitoral
20/12/2024
16:32
CGN
DA REDAÇÃO
Murilo Cesar Carneiro da Silva em foto de 2019, quando foi preso por receptação (Foto: Reprodução)
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da Promotoria Eleitoral de Nova Andradina, denunciou Murilo Cesar Carneiro da Silva, conhecido como “Pagodinho”, blogueiro e dono da página @novafogooficial no Instagram, por espalhar fake news e cometer violência política de gênero. Se condenado, ele pode pegar até seis anos de prisão.
De acordo com a denúncia, Murilo Cesar, que possui 109 mil seguidores na plataforma e é influente na região de Nova Andradina, proferiu ofensas humilhantes e constrangedoras contra uma candidata nas eleições municipais de 2024. Além das ofensas públicas, conforme investigado pelo MPMS, “Pagodinho” disseminou informações falsas em grupos de aplicativos de mensagens e desobedeceu às ordens da Justiça Eleitoral para cessar os ataques.
A denúncia é resultado da “Operação Fake Fire”, deflagrada em Nova Andradina no dia 2 de outubro de 2023. Nessa operação, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços vinculados ao blogueiro. Durante a operação, Murilo Cesar passou a usar tornozeleira eletrônica e foram impostas diversas medidas cautelares:
O Ministério Público reforça que as ações de “Pagodinho” configuram crimes de divulgação de fatos inverídicos, desobediência à Justiça Eleitoral e violência política de gênero, que são severamente punidos pela legislação vigente. O MPMS enfatiza a importância de combater a desinformação e proteger o processo eleitoral de influências negativas que possam comprometer a democracia.
A atuação de “Pagodinho” durante a campanha eleitoral gerou preocupações sobre a influência das redes sociais na opinião pública e a facilidade de disseminação de notícias falsas que podem afetar o resultado das eleições. A operação Fake Fire busca mitigar esses impactos, garantindo que a campanha eleitoral transcorra de maneira justa e transparente.
Nas redes sociais, a denúncia de “Pagodinho” gerou debates sobre a responsabilidade dos influenciadores digitais e os limites da liberdade de expressão durante períodos eleitorais. Especialistas em direito eleitoral destacam a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa para evitar abusos e proteger os candidatos e eleitores de práticas desleais.
A denúncia contra Murilo Cesar Carneiro da Silva representa um esforço significativo do MPMS para combater a disseminação de fake news e violência política nas eleições de 2024. Com a aplicação rigorosa das leis eleitorais, as autoridades buscam preservar a integridade do processo democrático e garantir que as eleições sejam conduzidas de forma ética e transparente.
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