POLÍTICA
STF reforça combate a anistia após atentado em Brasília; PF alerta para extremismo ativo
Explosões na Praça dos Três Poderes destacam risco de atos violentos e polarização política no Brasil
16/11/2024
07:30
NAOM
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionaram o ataque promovido por Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, na Praça dos Três Poderes, ao contexto de ódio político e atos antidemocráticos como os de 8 de janeiro de 2023. Wanderley morreu após provocar explosões que feriram a segurança pública e geraram comoção no cenário político. Para o STF, o episódio reforça a necessidade de responsabilização penal e o combate a propostas de anistia em trâmite no Congresso.
Segundo o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, o caso foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, que lidera os inquéritos sobre atos golpistas e milícias digitais. A Polícia Federal (PF) apreendeu artefatos explosivos e dispositivos eletrônicos no local do atentado e investiga se o ato teve apoio logístico ou financeiro.
O diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, afirmou que "grupos extremistas continuam ativos" e pediu ação enérgica para conter novas ameaças. As autoridades apuram se o alvo principal era Moraes, como relatou a ex-esposa do responsável pelo atentado.
O ministro Alexandre de Moraes destacou que o "gabinete do ódio", vinculado ao governo de Jair Bolsonaro, estimulou discursos antidemocráticos que fomentaram atos violentos. Moraes foi enfático ao condenar a ideia de anistia para envolvidos em ataques às instituições, afirmando que "a impunidade gera mais agressividade".
Barroso também criticou a tentativa de "naturalizar o absurdo" por parte de alguns parlamentares, ao defenderem anistia a condenados. "Não há lugar para violência como estratégia política", disse o ministro.
Após o atentado, o prédio do STF voltou a ser cercado por grades, e a segurança foi reforçada com o apoio do Bope e da Polícia Judiciária. A sessão plenária desta quinta-feira foi mantida, mas com acesso restrito a advogados e jornalistas previamente credenciados.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, que está na COP-29, classificou o ataque como "grave" e pediu rigor na apuração. "É um atentado contra um poder da República que deve ser investigado com rapidez e rigor", afirmou.
A PF destacou que Francisco Wanderley anunciou o ataque em redes sociais, evidenciando a necessidade de maior regulação dessas plataformas. Para Rodrigues, é imprescindível estabelecer "regras claras sobre o uso das redes".
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
Reforma tributária zera impostos sobre cesta básica, mas preços podem ser influenciados por outros fatores
Leia Mais
Prédios abandonados no Jardim Santa Luzia serão revitalizados para geração de empregos
Leia Mais
Bataguassu realiza primeiro mutirão da saúde e atende mais de 850 pessoas
Leia Mais
Município de Bataguassu receberá R$ 408 mil na segunda parcela do FPM de Janeiro
Municípios