ECONOMIA
Regras do Pix mudam a partir de novembro para aumentar a segurança das transações
Operações acima de R$ 200 dependerão de dispositivos previamente cadastrados, com limite diário de R$ 1 mil para aparelhos não cadastrados
18/10/2024
08:25
NAOM
DA REDAÇÃO
A partir do dia 1º de novembro, o sistema de pagamentos instantâneos Pix, implementado pelo Banco Central (BC), terá novas regras com o objetivo de aumentar a segurança das transações e combater fraudes. A principal mudança diz respeito às transferências que ultrapassam o valor de R$ 200, que só poderão ser realizadas por meio de celulares ou computadores previamente cadastrados pelo cliente na instituição financeira. Caso o dispositivo não esteja cadastrado, haverá um limite diário de R$ 1 mil para a realização dessas operações.
O Banco Central esclareceu que essa exigência será válida apenas para novos dispositivos, ou seja, aqueles que nunca foram usados para realizar transações via Pix. Para os aparelhos já em uso, as regras permanecem inalteradas. Essa medida visa proteger os clientes contra o uso indevido de seus dados e dispositivos por criminosos, garantindo maior controle sobre as transações de valores mais elevados.
Além do cadastro de dispositivos, as instituições financeiras deverão aprimorar suas tecnologias de segurança. A nova regulamentação exige a implementação de sistemas avançados de gerenciamento de fraude, que serão responsáveis por identificar e bloquear transações Pix consideradas atípicas ou incompatíveis com o perfil do cliente. Esses sistemas usarão informações de segurança armazenadas no Banco Central, o que permitirá um monitoramento mais eficaz de possíveis atividades fraudulentas.
As instituições também serão obrigadas a informar seus clientes, por meio de canais eletrônicos, sobre as melhores práticas de segurança para evitar fraudes, como o uso de senhas fortes, reconhecimento facial ou biométrico, e a atualização constante dos aplicativos bancários. Além disso, a cada seis meses, elas deverão verificar se há marcações de fraude nos sistemas do Banco Central associadas aos seus clientes.
As novas regras também permitem que as instituições financeiras tomem ações mais incisivas em casos de transações suspeitas. Entre as medidas previstas está o aumento do tempo para que o cliente possa completar transações, o bloqueio preventivo de valores recebidos via Pix em caso de suspeita e, em casos mais graves, o encerramento da conta do cliente em situações comprovadas de fraude.
Essas mudanças foram elaboradas com o objetivo de garantir maior segurança no uso do Pix, sistema que se popularizou rapidamente no Brasil e, atualmente, realiza milhões de transações diárias.
Outra novidade importante anunciada recentemente pelo Banco Central é o lançamento do Pix Automático, previsto para entrar em operação em 16 de junho de 2025. Essa funcionalidade permitirá que empresas que oferecem serviços recorrentes — como concessionárias de água, luz, telefone e gás, além de escolas, faculdades, academias, planos de saúde e serviços de assinatura — realizem cobranças automáticas por meio do Pix.
Com o Pix Automático, os usuários poderão autorizar que determinados pagamentos sejam debitados periodicamente de suas contas, sem a necessidade de autenticação a cada transação, como a inserção de senhas ou confirmações extras. Esse recurso promete facilitar o pagamento de contas e reduzir custos operacionais para as empresas, ao mesmo tempo em que diminui a inadimplência.
O Banco Central acredita que o Pix Automático será um grande avanço no sistema de pagamentos, tornando o processo mais eficiente para empresas e prático para os consumidores.
Com o aumento da popularidade do Pix e a introdução dessas novas funcionalidades, os especialistas recomendam que os usuários redobrem a atenção quanto à segurança de suas transações. Algumas dicas incluem:
Essas medidas, aliadas às novas regras de segurança, ajudarão a reduzir os riscos de fraude e garantir uma experiência mais segura para todos os usuários do Pix.
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