Campo Grande (MS), Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025

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Associados da FFMS decidem destituir Francisco Cezário de Oliveira após escândalo e prisão

Com 44 votos favoráveis, ex-presidente é afastado da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul após 28 anos no cargo

14/10/2024

17:05

MDX

DA REDAÇÃO

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Em uma assembleia extraordinária realizada na tarde desta segunda-feira (14), os associados da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) votaram pela destituição de Francisco Cezário de Oliveira da presidência da entidade. O placar foi de 44 votos a favor da destituição e 21 pela manutenção de Cezário no cargo. É importante destacar que os votos têm pesos diferentes, com os clubes da série A possuindo peso 3, da série B peso 2, e os clubes amadores e ligas esportivas com peso 1.

Cezário foi afastado após ser preso no âmbito da Operação Cartão Vermelho, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Ele é acusado de peculato, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, entre outros crimes. Atualmente, ele está em liberdade provisória, monitorado por tornozeleira eletrônica, enquanto aguarda julgamento. Cezário ocupou a presidência da FFMS por 28 anos.

Assembleia e destituição

A assembleia, que aconteceu no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campo Grande, foi restrita aos associados da Federação e convocada pelo presidente interino Estevão Petrallas. Durante a reunião, foram analisados os atos administrativos do ex-presidente, e coube aos membros da Federação deliberar sobre as penalidades previstas no estatuto da FFMS.

Defesa de Cezário pretende anular decisão

Logo após o encerramento da assembleia, o advogado de Francisco Cezário, Júlio César Marques, afirmou que a defesa entrará com uma ação declaratória de nulidade do ato jurídico, com um pedido liminar para anular as decisões da assembleia. O advogado argumenta que Cezário não foi intimado formalmente para apresentar sua defesa dentro do prazo legal, e que a assembleia foi convocada sem uma acusação formal, baseada apenas nas investigações do Ministério Público e do Gaeco.

Marques também criticou o uso de acusações criminais na destituição de seu cliente, alegando que as acusações administrativas deveriam ser apuradas internamente pela FFMS, conforme previsto no estatuto. "As acusações da Federação precisam ser do âmbito administrativo, e o estatuto não está sendo respeitado", declarou o advogado ao sair da reunião, que foi realizada a portas fechadas.

A defesa de Cezário buscará reverter a decisão judicialmente, alegando irregularidades no processo de destituição.


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