ANASTÁCIO
Tribunal de Justiça mantém bloqueio de bens do ex-prefeito de Anastácio
Decisão do TJ-MS é uma medida temporária enquanto investigações e processos continuam
30/08/2024
10:30
DA REDAÇÃO
Ex-prefeito de Anastácio, Douglas Melo Figueiredo (PSDB)
O TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) decidiu manter o bloqueio de R$ 639.194,17 dos bens do ex-prefeito de Anastácio, Douglas Melo Figueiredo (PSDB), em uma ação por improbidade administrativa. Douglas, que chegou a ser pré-candidato à prefeitura de Anastácio, desistiu da candidatura após ser preso em maio deste ano durante uma investigação sobre a morte do ex-vereador Wander Alves Meleiro, conhecido como "Dinho Vital". Apesar disso, ele não descarta a possibilidade de concorrer em eleições futuras e acredita que sua prisão foi uma "montagem política" para prejudicá-lo.
Segundo o MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), uma auditoria do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado) identificou irregularidades no uso de R$ 183.238,52 durante a gestão de Douglas em 2015. Com a correção monetária e juros, o valor totalizou R$ 639.194,17.
O bloqueio dos bens foi determinado pelo juiz da 1ª Vara de Anastácio, Luciano Pedro Beladelli, em 17 de maio. Em fevereiro, a defesa solicitou a rejeição da denúncia, alegando que não havia "qualquer conduta dolosa causadora de prejuízo ao Erário".
Douglas expressou surpresa com a decisão, destacando que a mesma câmara cível do TJ-MS que anteriormente havia corrigido o bloqueio em processos semelhantes manteve o bloqueio atual. Ele considera a medida uma condenação antecipada e afirma que irá recorrer da decisão, confiando que a ampla defesa e o contraditório serão respeitados durante a instrução processual.
Caso do ex-vereador: O ex-vereador Dinho Vital foi morto com dois tiros na BR-262, após uma briga com Douglas em uma festa. Douglas foi encontrado com uma arma irregular durante um mandado de busca e foi solto após pagar uma fiança de R$ 15 mil. A morte de Dinho envolveu tiroteios com os policiais militares Valdeci Alexandre da Silva Ricardo e Bruno César Malheiros dos Santos, que alegaram legítima defesa.
Douglas afirmou que os envolvidos na investigação sobre a morte de Dinho foram denunciados e que o processo está em andamento no fórum de Anastácio. Ele reiterou que a situação foi uma tentativa de prejudicá-lo politicamente e que está confiante na Justiça para a resolução justa do caso.
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