Campo Grande (MS), Quinta-feira, 04 de Dezembro de 2025

Saúde / Bem-Estar

Câncer de pele: quando foi a última vez que você olhou para a sua pele?

Diagnóstico precoce aumenta em até 90% as chances de cura, segundo a OMS; especialistas alertam para sinais e cuidados essenciais

04/12/2025

08:30

DA REDAÇÃO

dermatologista Alexandre Moretti ©DIVULGAÇÃO

No ritmo acelerado da rotina, é comum que a saúde da pele — o maior órgão do corpo humano — seja negligenciada. O Dezembro Laranja, campanha nacional de prevenção e detecção precoce do câncer de pele, reforça a importância de observar manchas, pintas e alterações cutâneas com atenção. A pergunta que abre o alerta é direta: quando foi a última vez que você examinou sua pele com cuidado?

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil. Medidas simples, como o uso regular de protetor solar e exames periódicos, fazem diferença na prevenção e, principalmente, na detecção precoce — que, segundo a OMS, pode garantir até 90% de chance de cura.

Quando se preocupar?

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) orienta que todas as pessoas realizem avaliações periódicas. Entre os sinais que merecem atenção imediata estão:

  • Mudança no tamanho, forma ou cor de pintas e manchas, especialmente quando apresentam bordas irregulares.

  • Sangramento, coceira ou formação de crostas em sinais previamente estáveis.

  • Aparecimento de novas pintas ou manchas, sobretudo após os 30 anos.

  • Feridas que não cicatrizam, mesmo após semanas.

O dermatologista Alexandre Moretti, da Unimed Campo Grande, reforça a necessidade de buscar avaliação médica ao menor sinal de alteração:
“Percebendo quaisquer desses sinais, é preciso procurar um dermatologista rapidamente. Quando diagnosticado no estágio inicial, o câncer de pele tem taxas de cura superiores a 90%.”

Tipos mais comuns de câncer de pele

Segundo a SBD, três tipos se destacam pela incidência e características clínicas:

Carcinoma Basocelular (CBC)

É o tipo mais comum e costuma surgir em áreas frequentemente expostas ao sol — rosto, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Apresenta-se como uma pápula avermelhada e brilhante, podendo ter crosta central e sangrar com facilidade. Apesar de baixa letalidade, exige tratamento imediato.

Carcinoma Espinocelular (CEC)

Pode surgir em qualquer região do corpo, mas é mais frequente em áreas expostas ao sol. Tem aparência avermelhada, podendo lembrar uma verruga ou ferida espessa e descamativa que não cicatriza. O diagnóstico precoce é decisivo para evitar complicações.

Melanoma

É o tipo menos frequente, porém o mais agressivo. Costuma se manifestar como uma pinta escura que muda de cor, borda ou tamanho. Quando identificado precocemente, apresenta mais de 90% de chance de cura — mas exige vigilância contínua.

Fatores de risco

O Dr. Alexandre Moretti explica que a exposição solar acumulada ao longo dos anos, assim como queimaduras solares intensas, elevam o risco de desenvolver a doença. Outros fatores incluem:

  • Pele, olhos e cabelos claros;

  • Profissões com exposição solar prolongada (como construção civil e comércio ambulante);

  • Tabagismo;

  • Doenças genéticas;

  • Poluição ambiental.

Prevenção: um hábito que salva vidas

A melhor forma de combater o câncer de pele é evitar a exposição solar inadequada e adotar cuidados diários. O especialista orienta:

  • Usar protetor solar todos os dias, mesmo com tempo nublado, reaplicando conforme orientação.

  • Evitar exposição ao sol entre 9h e 15h, quando a radiação é mais intensa.

  • Realizar autoexames, observando pintas, manchas e feridas suspeitas.

  • Consultar um dermatologista regularmente, para avaliações e acompanhamento preventivo.

A campanha Dezembro Laranja reforça que cuidar da pele não é apenas uma questão estética, mas de saúde pública. Observar sinais, proteger-se do sol e buscar diagnóstico precoce são passos essenciais para reduzir a incidência e a gravidade do câncer de pele no Brasil.


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