Campo Grande (MS), Quinta-feira, 27 de Novembro de 2025

Política / Justiça

Defesa de Bolsonaro responde a Moraes e nega uso de celular durante visita de Nikolas Ferreira

Advogados afirmam que imagens mostram ex-presidente cumprindo integralmente as medidas impostas pelo STF

27/11/2025

13:00

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou, nesta quinta-feira (27), esclarecimentos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negando que o ex-mandatário tenha utilizado um telefone celular durante a visita do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), realizada quando Bolsonaro estava em prisão domiciliar.

A manifestação foi apresentada após Moraes solicitar explicações sobre imagens captadas por um drone da Rede Globo, que registrou Nikolas utilizando seu aparelho telefônico na área externa da residência do ex-presidente.

Segundo os advogados, as gravações não mostram qualquer uso de celular por parte de Bolsonaro, tampouco contato direto ou indireto com o aparelho do deputado.

Visita autorizada e área monitorada, diz defesa

Em sua resposta, a defesa ressaltou que o encontro ocorreu ao ar livre, em local sujeito ao monitoramento da Polícia Penal, conforme autorizado pelo STF:

“Tratou-se, inequivocamente, de encontro realizado às claras, tanto que foi possível sua gravação veiculada no Jornal Nacional, onde se constata que o Peticionário cumpria à exatidão a determinação de Vossa Excelência, sem uso ou mesmo contato visual com o aparelho celular do deputado federal.”

Os advogados afirmam que Bolsonaro não tocou, não manuseou, não solicitou e não fez contato visual com o telefone utilizado pelo parlamentar. Sustentam, ainda, que durante toda a prisão domiciliar o ex-presidente teria cumprido integralmente as obrigações impostas, incluindo a proibição absoluta de uso de celulares.

Contexto da prisão

A visita ocorreu em 21 de novembro, um dia antes de Moraes decretar a prisão preventiva de Bolsonaro, após a Polícia Federal apontar risco de fuga e identificar a violação da tornozeleira eletrônica, usada por ele desde julho.

Hoje, Bolsonaro cumpre a pena de 27 anos de prisão, em regime fechado, na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, após condenação no âmbito da trama golpista de 2022.

A defesa deve seguir apresentando manifestações técnicas ao STF enquanto novos desdobramentos do processo são analisados.


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