A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), apresentou aos deputados federais um projeto amplo de recapeamento da malha viária da Capital, com o objetivo de captar recursos por meio das emendas da bancada federal. O plano, considerado uma das principais prioridades da atual gestão, prevê a melhoria e modernização de ruas e avenidas em todas as regiões da cidade.

A informação foi confirmada pelo deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB), que detalhou a proposta e destacou o compromisso da prefeita em dobrar o valor das emendas federais por meio de um financiamento municipal.

“É um projeto muito amplo, muito caro, mas ela disse que do que a bancada colocasse, ela teria condições de dobrar, porque está fazendo um financiamento. Agora vamos decidir qual valor será destinado, porque ela priorizou isso mais do que qualquer outra coisa”, afirmou Dagoberto, ao comentar a situação da malha asfáltica e do programa de tapa-buracos em Campo Grande.

Recuperação das vias é prioridade

A prefeita Adriane Lopes já havia antecipado, em abril deste ano, que a meta de sua gestão é garantir o recapeamento total da cidade.

Além de solucionar o problema das ruas deterioradas, o Executivo mantém uma força-tarefa de manutenção e tapa-buracos, com metas diárias de 1,5 mil a 2 mil reparos por dia.

Desde o início da gestão, a prefeitura contabiliza 150 quilômetros de vias recapeadas, abrangendo todas as regiões da Capital.

O secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Marcelo Miglioli, também participou da agenda com os parlamentares, realizada na Câmara Municipal de Campo Grande, onde foram discutidas as fontes de financiamento e as etapas do novo programa de obras.

Ajustes legais e financiamento

Segundo Dagoberto Nogueira, os recursos para tapa-buracos não podem ser originários da esfera federal.

“Não há previsão legal para que a União envie recursos diretamente aos municípios para esse tipo de serviço, que é uma incumbência municipal. Por isso, a prefeita recorreu à alternativa do financiamento, garantindo a execução das obras de recapeamento de forma independente”, explicou o parlamentar.

A proposta agora será analisada pelos membros da bancada federal, que definirão o montante a ser destinado via emenda coletiva, enquanto o município prepara a contrapartida financeira para viabilizar o projeto.

Impacto esperado

Com o novo pacote de obras, a administração municipal pretende melhorar a mobilidade urbana, reduzir custos de manutenção e valorizar as regiões mais afetadas pela deterioração asfáltica.

O investimento, segundo a prefeitura, também faz parte de uma estratégia para elevar a qualidade de vida dos moradores e fortalecer o planejamento urbano sustentável de Campo Grande.