Campo Grande (MS), Segunda-feira, 22 de Setembro de 2025

Política / Justiça

PEC da Blindagem deve ser enterrada no Senado, diz Otto Alencar após manifestações

Presidente da CCJ afirma que protestos de 21 de setembro refletem rejeição popular a privilégios políticos; relator Alessandro Vieira também pediu o fim da proposta

22/09/2025

10:30

DA REDAÇÃO

©ARQUIVO

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, senador Otto Alencar (PSD-BA), afirmou que a PEC da Blindagem será rejeitada na próxima quarta-feira (24), quando entrará em pauta na comissão. Para o parlamentar, as manifestações populares realizadas no domingo (21) em várias cidades do país mostraram a insatisfação da sociedade com propostas que garantem privilégios a políticos.

“Ontem foi uma demonstração de que a população não aceita mais que os políticos eleitos com o voto do povo tenham uma vida nebulosa, sombria, escondida atrás de legislações aprovadas pelos próprios políticos, quando eles estão legislando em causa própria”, declarou Alencar.

Pressão pela rejeição

Segundo o senador, diversos colegas o procuraram pedindo para encerrar rapidamente a tramitação da PEC, incluindo o relator do texto no Senado, Alessandro Vieira (MDB-CE).

Alencar afirmou ter obtido o apoio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para garantir que, mesmo que o projeto siga ao plenário, seja “enterrado em cova profunda” ainda nesta semana.

Trâmite dividido entre Câmara e Senado

A PEC da Blindagem, aprovada em dois turnos pela Câmara dos Deputados (com votações de 353 a 134 e depois 344 a 133), enfrenta resistência no Senado, onde já há maioria contrária à sua continuidade.

O texto prevê mudanças em medidas cautelares, abertura de processos e foro privilegiado para deputados, senadores e presidentes de partidos, pontos defendidos principalmente por parlamentares do Centrão.

Origem da proposta

A aprovação na Câmara foi resultado de uma negociação do então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para encerrar um motim de deputados da oposição, que bloquearam a Mesa Diretora em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No entanto, a falta de consenso sobre o conteúdo da PEC já havia adiado votações anteriores, e agora a tendência é de rejeição definitiva no Senado.


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