Campo Grande (MS), Segunda-feira, 01 de Setembro de 2025

Política / Justiça

PGR defende manutenção da prisão de Braga Netto no STF

General da reserva é acusado de obstruir investigações da trama golpista e será julgado junto com Bolsonaro a partir desta terça-feira

01/09/2025

17:15

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviou nesta segunda-feira (1º/9) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer contrário ao pedido de soltura apresentado pela defesa do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022.

Braga Netto está preso desde dezembro de 2024, acusado de obstruir as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado que buscou impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele integra o núcleo crucial da trama golpista, cujo julgamento terá início nesta terça-feira (2), na Primeira Turma do STF.

Fundamentação da PGR

Na manifestação, Gonet sustentou que não há elementos novos que justifiquem a revisão da prisão:

“Reiteram-se as manifestações ministeriais de 11.7.2025 e 29.7.2025, no sentido da permanência dos motivos que fundamentaram a custódia provisória, ante a ausência de fatos novos que alterem o quadro fático-probatório para justificar a revogação ou a readequação da medida”, afirmou.

Decisão anterior de Moraes

No mês passado, o ministro Alexandre de Moraes havia mantido a prisão do general, apontando indícios de participação ativa na tentativa de golpe de Estado. O magistrado destacou ainda que Braga Netto teria tentado acessar dados sigilosos da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e colaborador da investigação.

Defesa nega obstrução

A defesa do militar nega qualquer tentativa de obstrução e voltou a pedir a liberdade do réu. O novo parecer da PGR deve ser analisado por Moraes antes de eventual decisão sobre o recurso.

Contexto

Braga Netto é o único réu preso entre os oito acusados do núcleo central da trama golpista, que inclui Jair Bolsonaro e ex-ministros militares. Eles respondem por crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.


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