Política / Justiça
Defesa de Bolsonaro tem até as 20h34 para explicar a Moraes plano de asilo na Argentina
STF cobra esclarecimentos após PF encontrar minuta de pedido de refúgio; decisão pode influenciar manutenção da prisão domiciliar do ex-presidente
22/08/2025
07:45
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem prazo até as 20h34 (horário de Brasília) desta sexta-feira (22), no horário de Brasília, para apresentar explicações ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o suposto plano de asilo político na Argentina.
O pedido de esclarecimentos foi feito por Moraes após a Polícia Federal (PF) indiciar Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pelos crimes de coação no curso do processo e abolição do Estado Democrático de Direito. Ambos são acusados de tentar interferir no julgamento da ação penal do golpe, na qual o ex-presidente é réu.
O advogado Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro, negou que o ex-presidente tenha cogitado deixar o país:
“Nunca ouvi falar de fuga para nenhum lugar. Nem Israel, nem Argentina. Nada. Tanto o celular dele quanto do principal ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, eram espaços onde inúmeras ideias chegavam e saíam sem nenhum juízo de valor e sem nenhuma apreciação”, declarou ao Estadão.
Após a manifestação da defesa, caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR) analisar o caso, e, em seguida, Moraes decidirá sobre a manutenção da prisão domiciliar de Bolsonaro.
Para os investigadores, os indícios apontam que Bolsonaro chegou a planejar uma fuga para a Argentina. A minuta de 33 páginas sobre o pedido de asilo foi produzida em fevereiro de 2024, logo após a operação da PF que apurou o suposto plano de golpe.
O arquivo digital estava vinculado ao nome de Fernanda Bolsonaro, esposa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e trazia no cabeçalho uma referência ao presidente argentino Javier Milei, grafado de forma incorreta.
Com o prazo se encerrando na noite desta sexta-feira, a análise da PGR e a decisão de Moraes devem definir o futuro judicial imediato de Bolsonaro, que segue em prisão domiciliar em Brasília.
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