Campo Grande (MS), Quarta-feira, 20 de Agosto de 2025

Política / Justiça

PF faz buscas contra Silas Malafaia no Galeão em investigação sobre tentativa de obstrução de Justiça

Pastor foi abordado ao desembarcar de Lisboa; STF determinou apreensão de celulares e impôs restrições de viagem e comunicação

20/08/2025

18:00

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

A Polícia Federal (PF) cumpriu, no início da noite desta quarta-feira (20), mandado de busca pessoal e de apreensão de celulares contra o pastor Silas Malafaia no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. A medida foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da PET nº 14129, que investiga tentativa de obstrução de Justiça relacionada à trama golpista de 2022.

Abordagem no aeroporto

Malafaia foi abordado por agentes federais ao desembarcar de um voo proveniente de Lisboa, Portugal. Após o cumprimento do mandado, ele foi conduzido às dependências do aeroporto, onde prestou depoimento à PF.

Medidas cautelares impostas

O pastor não foi preso, mas passou a ser alvo de medidas cautelares diversas da prisão, determinadas pelo STF:

  • Proibição de deixar o país;

  • Proibição de manter contato com outros investigados no mesmo inquérito.

Contexto da investigação

Silas Malafaia é investigado no âmbito da PET nº 14129 por suposta tentativa de interferir nas investigações e proteger aliados envolvidos na tentativa de golpe de Estado de janeiro de 2023. A decisão do STF atendeu a pedido da Polícia Federal, que considera haver risco de reiterada atuação do pastor para atrapalhar apurações.

O caso se soma a outras medidas recentes determinadas pelo Supremo contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, investigados por envolvimento em atos antidemocráticos e articulações para desacreditar as instituições brasileiras.

Repercussão

A abordagem a Malafaia ocorre em meio a um ambiente político tenso, marcado por ações da Justiça contra figuras ligadas ao bolsonarismo e pela pressão internacional após as sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes.

Até o momento, nem a defesa de Malafaia nem sua assessoria se pronunciaram publicamente sobre a operação.


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