Campo Grande (MS), Terça-feira, 19 de Agosto de 2025

Política / Justiça

PF deflagra operação contra corrupção em emendas da antiga pasta de Damares Alves

Investigação mira contratos de R$ 3,8 milhões para cursos de formação profissional; assessor de ex-deputado é alvo

19/08/2025

08:30

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (19) a Operação Kibali, que apura supostos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro em contratos do antigo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), comandado à época pela então ministra e atual senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

Segundo a PF, os contratos investigados somam R$ 3,8 milhões e tinham como objetivo a formação profissional de mulheres e adolescentes em cursos de informática e design gráfico.

Alvos e execução da operação

  • A ação foi autorizada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro e não tem como alvo a senadora Damares.

  • Entre os investigados está um ex-assessor do ex-deputado Professor Joziel (Patriota), responsável por emendas que destinaram os recursos.

  • Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em residências de investigados no Rio de Janeiro.

A operação recebeu o nome de Kibali, em referência a uma das maiores minas de ouro do mundo, em alusão às emendas parlamentares que, segundo a PF, se tornaram “verdadeiras minas de ouro”.

Fraudes identificadas

A investigação foi conduzida em cooperação com a Controladoria-Geral da União (CGU), que constatou:

  • Irregularidades em dois termos de fomento firmados entre o MMFDH e o Instituto de Desenvolvimento Social e Humano do Brasil (IDSH Brasil), gerido por assessor do ex-deputado.

  • Transferência dos recursos da União, oriundos de emendas parlamentares obrigatórias, sem comprovação da realização efetiva dos cursos previstos.

  • Indícios de malversação de recursos públicos e direcionamento na contratação dos serviços.

Posição de Damares

Na época em que surgiram suspeitas sobre os contratos, Damares afirmou ter levado as irregularidades à CGU. A atual senadora não é alvo das investigações.


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