Política / Justiça
Eduardo Bolsonaro pede a governo Trump que inclua esposa de Moraes em sanções da Lei Magnitsky
Deputado afirmou ao secretário do Tesouro dos EUA que Alexandre de Moraes e sua mulher, a advogada Viviane Barci, seriam “uma pessoa só” do ponto de vista financeiro
16/08/2025
08:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, em reunião em Washington com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, que os ganhos financeiros da família do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, teriam forte participação da esposa do magistrado, a advogada Viviane Barci.
De acordo com Eduardo, Moraes e a esposa deveriam ser tratados como uma “única pessoa” em eventuais sanções econômicas, defendendo a inclusão de Viviane na Lei Magnitsky, que já resultou na punição do ministro por parte do governo de Donald Trump no final de julho.
O parlamentar, acompanhado do empresário Paulo Figueiredo, relatou a representantes do governo americano que bancos brasileiros não estariam cumprindo integralmente as sanções impostas a Moraes, mantendo contas ativas em reais, apesar do bloqueio para transações internacionais em dólar.
“Eu passei a minha visão de que o Moraes e a esposa dele, quando se fala em parte financeira, são como se fosse uma pessoa só, porque o Moraes não vive do salário dele, isso é notório”, afirmou Eduardo.
“Falei que a esposa dele se tornou milionária depois que o Moraes foi indicado para a Suprema Corte, que a partir dali ela teve cada vez mais sucesso em angariar causas milionárias”, completou.
Segundo o deputado, além da inclusão de Viviane na lista de sancionados, o governo americano pode desaconselhar empresas dos EUA a contratarem a advogada, medida que poderia ser estendida a parentes de outros ministros do STF.
Eduardo Bolsonaro revelou ainda que os EUA estudam uma nova rodada de cancelamento de vistos de pessoas ligadas a Moraes, incluindo juízes, assessores e delegados.
Ele também informou às autoridades americanas que Moraes mandou bloquear suas contas bancárias e as de sua esposa, Heloísa Bolsonaro, em inquérito da Procuradoria-Geral da República (PGR). A investigação aponta crimes como:
Coação no curso do processo
Obstrução de investigação de organização criminosa
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
As articulações de Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo acontecem em paralelo às dificuldades do governo brasileiro em dialogar com Trump. O presidente norte-americano associou suas medidas àquilo que chama de “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro, enquanto o governo Lula e o STF tratam o tema como inegociável.
Além das sanções contra Moraes, os Estados Unidos já aplicaram restrições de entrada a outros ministros do STF e implementaram tarifas de 50% a produtos brasileiros.
A Lei Magnitsky permite que o governo americano imponha sanções a indivíduos acusados de corrupção ou violações de direitos humanos. As medidas incluem:
Congelamento de bens e ativos nos EUA
Proibição de operações em dólar
Bloqueio de uso de cartões de crédito internacionais (Mastercard e Visa)
Restrição de acesso ao sistema financeiro americano
No caso de Moraes, os bancos brasileiros ainda analisam os efeitos da medida sobre operações em reais.
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