Política / Justiça
PF inclui Silas Malafaia em inquérito que investiga Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo
Apuração no STF envolve suspeitas de coação, obstrução e articulação por sanções internacionais contra o Brasil
15/08/2025
09:45
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A Polícia Federal incluiu o pastor Silas Malafaia no mesmo inquérito que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista Paulo Figueiredo, segundo a GloboNews. O caso, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), apura supostas ações contra autoridades, contra o tribunal e agentes públicos, além de articulações para obtenção de sanções internacionais contra o Brasil.
O inquérito foi aberto em maio, após ministros do STF cobrarem postura mais firme do Itamaraty diante do aumento de investidas de autoridades norte-americanas contra a Corte, supostamente articuladas por Eduardo Bolsonaro.
As condutas investigadas incluem:
Coação no curso do processo (art. 344 do Código Penal)
Obstrução de investigação de organização criminosa
Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
O pedido formal de investigação contra Eduardo partiu do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que apontou que suas ações e declarações públicas ganharam força conforme o STF avançou no processo da trama golpista, em que Bolsonaro, militares e aliados são réus.
Malafaia é apontado como organizador do ato de apoio a Bolsonaro em 3 de agosto, no qual o ex-presidente participou por vídeo transmitido em redes sociais de terceiros. No dia seguinte, Moraes decretou prisão domiciliar para Bolsonaro.
Durante a manifestação, o pastor criticou candidatos da direita que não compareceram, afirmando que teriam “medo” do STF, e atacou o senador Ciro Nogueira (PP-PI), chamando-o de “traidor” por não apoiar o pedido de impeachment de Moraes. A manifestação foi transmitida no canal oficial de Malafaia no YouTube.
Especialistas apontam que o enquadramento de Eduardo Bolsonaro no crime de coação pode ser complexo, já que exige comprovação de violência ou ameaça direta. No entanto, o inquérito também investiga a possibilidade de constituição, financiamento ou participação em organização criminosa, além de atos que embaracem investigações.
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