Campo Grande (MS), Segunda-feira, 04 de Agosto de 2025

Política / Justiça

Flávio Bolsonaro apaga vídeo com participação de Jair Bolsonaro em ato no Rio

Publicação com telefonema do ex-presidente em Copacabana pode configurar descumprimento de medida cautelar imposta pelo STF

04/08/2025

17:15

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) apagou, na manhã desta segunda-feira (4), o vídeo publicado em seu perfil oficial no Instagram que mostrava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participando por telefone de manifestação na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, no domingo (3).

Na gravação, o áudio da ligação foi transmitido nos alto-falantes do ato. Bolsonaro cumprimentou os manifestantes com a mensagem:

“Boa tarde, Copacabana. Boa tarde, meu Brasil. Um abraço a todos, é pela nossa liberdade. Estamos juntos.”

O vídeo, que mostrava o ex-presidente com um celular na mão e a tornozeleira eletrônica em destaque, foi acompanhado da legenda:

“Palavras de Bolsonaro em Copacabana. A legenda é com vocês.”

A postagem foi apagada após repercussão negativa e possíveis implicações jurídicas. Segundo fontes próximas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o conteúdo pode configurar descumprimento das medidas cautelares que proíbem Bolsonaro de utilizar redes sociais, inclusive de terceiros.

Além disso, em São Paulo, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) também exibiu uma chamada de vídeo com Bolsonaro ao público, afirmando:

“Não pode falar, mas pode ver.”

Contexto das medidas cautelares

Em 18 de julho, Moraes impôs cinco medidas cautelares ao ex-presidente, incluindo:

  • Proibição de uso de redes sociais;

  • Proibição de usar perfis de terceiros;

  • Proibição de contato com outros investigados;

  • Uso de tornozeleira eletrônica;

  • Restrição de sair de casa à noite e nos fins de semana.

A defesa de Bolsonaro já havia sido questionada por Moraes em julho, após o ex-presidente discursar na Câmara dos Deputados — gravação que foi compartilhada por aliados. Na ocasião, Moraes classificou a ação como uma “irregularidade isolada”.

Com o novo episódio em Copacabana, o ministro determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, alegando que ele deliberadamente burlou as restrições judiciais e manteve atuação política ativa por meio de terceiros.


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