Política / Partidos
Chapa competitiva anima base tucana e pode garantir sobrevida ao PSDB em Mato Grosso do Sul
Deputados e vereadores articulam candidatura própria para 2026 e buscam evitar esvaziamento após saída de Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel
06/10/2025
15:00
INVESTIGA MS
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
O PSDB de Mato Grosso do Sul vive um momento de reconstrução e articulação interna após a saída de seus principais líderes — o governador Eduardo Riedel, que migrou para o PP, e o ex-governador Reinaldo Azambuja, agora no PL.
Apesar da debandada de figuras históricas, deputados e vereadores tucanos articulam a formação de uma chapa competitiva para as eleições de 2026, com o objetivo de garantir representatividade e sobrevida política à sigla no Estado.
O grupo, liderado pelos deputados Pedro Caravina e Lia Nogueira, ambos decididos a permanecer no PSDB, trabalha para formar uma chapa proporcional sólida voltada à Assembleia Legislativa.
A iniciativa conta ainda com a simpatia de outros parlamentares que cogitam se filiar ao partido, como o deputado Paulo Duarte, além de vereadores de Campo Grande que temem ficar impedidos de disputar caso o partido não lance nominata própria.
“Há um sentimento de reconstrução e de valorização da base. Todos querem competir em pé de igualdade, com chances reais de eleição”, comentou uma fonte tucana próxima às articulações.
A formação da nova chapa vem acompanhada da expectativa pela eleição do novo diretório estadual do PSDB, prevista para o fim de outubro.
Entre os nomes cotados para assumir o comando estão os deputados Beto Pereira, Geraldo Resende e Pedro Caravina — este último desponta como nome de consenso entre parte da bancada.
“O novo comando precisará unir o partido e dar estabilidade para as candidaturas de 2026. Há um esforço conjunto para manter o PSDB relevante no cenário estadual”, avaliou um dirigente tucano.
Além do trio de deputados — Lia Nogueira, Paulo Duarte e Pedro Caravina —, a formação da chapa estadual incluiria vereadores de Campo Grande com bom potencial eleitoral:
Dr. Victor Rocha, Flávio Cabo Almi e Sílvio Pitu.
Caso o PSDB opte por não lançar candidatos à Câmara Federal, o vereador Professor Juari também deve concorrer à Assembleia Legislativa.
A avaliação entre as lideranças é de que essa configuração garante equilíbrio interno, com disputa justa e potencial semelhante de votos entre os candidatos, evitando a concentração de apoio em poucas figuras.
Deputados e vereadores pressionam pela manutenção de uma chapa própria, após a sinalização de que Riedel e Azambuja — agora em outras siglas — prefeririam uma coligação reduzida, o que deixaria o PSDB de fora do bloco principal da direita em 2026.
Sem a autorização para montar nominata, vereadores tucanos ficariam impedidos de concorrer, já que só poderão mudar de partido em 2028, após o término do atual mandato.
Diante desse cenário, o grupo aposta em organização e mobilização interna para garantir a sobrevivência da legenda no próximo pleito.
Com a saída de seus expoentes históricos e a perda de espaço no Executivo estadual, o PSDB-MS busca reconstruir sua identidade política e retomar protagonismo no legislativo.
A formação de uma chapa competitiva em 2026 é vista como a última oportunidade de garantir sobrevida ao partido e preservar sua relevância na política sul-mato-grossense.
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