Campo Grande (MS), Quarta-feira, 08 de Outubro de 2025

Política / Justiça

Fernando Collor completa três meses em prisão domiciliar sob discrição em cobertura à beira-mar em Maceió

Ex-presidente cumpre pena monitorado por tornozeleira eletrônica; só pode sair para tratamento médico e tem passaporte suspenso

01/08/2025

16:00

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O ex-presidente Fernando Collor de Mello, 75 anos, completou nesta sexta-feira (1º) três meses em regime de prisão domiciliar. Desde 1º de maio, ele cumpre a pena em uma cobertura de 600 m² no bairro Jatiúca, em Maceió (AL), após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O imóvel, localizado no sexto andar, conta com varanda, gabinete, galeria, três suítes — incluindo uma master com closet — piscina, terraços coberto e descoberto, além de bar e adega. Collor vive no local com a esposa, Caroline, e as duas filhas mais novas, recebendo poucas visitas, inclusive de um fisioterapeuta autorizado judicialmente.

Rotina discreta e restrições

Monitorado por tornozeleira eletrônica, Collor só pode sair para consultas médicas previamente comunicadas à Justiça. Em caso de emergência, tem 48 horas para justificar a saída. Seu passaporte está suspenso e a emissão de um novo documento está proibida.

A decisão do STF não restringe o uso de telefone ou internet, mas desde a prisão houve interrupção na movimentação de suas redes sociais — a última postagem foi em 21 de abril, lamentando a morte do Papa Francisco. Comentários estão bloqueados.

Vizinhos ouvidos descrevem Collor como discreto e sem alarde, com persianas fechadas que impedem a visualização interna do apartamento.

Histórico e condenação

Collor foi preso em 25 de abril no Aeroporto Zumbi dos Palmares para cumprir pena de oito anos e dez meses de prisão. Inicialmente, ficou no presídio Baldomero Cavalcanti, em uma sala adaptada com ar-condicionado e banheiro privativo, mas com pouca ventilação e luminosidade.

Seis dias depois, a defesa, liderada pelo advogado Marcelo Bessa, obteve a progressão para o regime domiciliar humanitário, alegando problemas de saúde como Doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar, comprovados por laudos médicos do Hospital Sírio-Libanês (SP).

Perda familiar e apoio restrito

Durante o período de prisão domiciliar, Collor enfrentou a morte da última irmã viva, Leda Maria de Melo Coimbra, em 19 de junho. Poucos políticos manifestaram apoio público ao ex-presidente, entre eles o vereador Kelmann Vieira (MDB), de Maceió.


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