Política Internacional
Trump recua e retira agricultura e pecuária da mira de sua política de deportações em massa
Pressionado por empresários e aliados republicanos, governo dos EUA passa a focar operações em grandes cidades como Los Angeles, Chicago e Nova York
18/06/2025
08:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O governo do ex-presidente Donald Trump anunciou uma mudança na sua estratégia de deportações em massa, retirando da mira os setores de agricultura, pecuária e hotelaria, que estavam sendo diretamente impactados pelas operações do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos EUA).
Segundo Trump, as operações passarão a se concentrar nas maiores cidades do país, como Los Angeles, Chicago e Nova York, classificadas por ele como "núcleo do centro de poder dos democratas". O anúncio foi feito no último domingo (15), em sua rede social, a Truth Social, após críticas crescentes, inclusive de aliados republicanos ligados ao setor produtivo.
Empresários da agricultura, pecuária e hotelaria denunciaram a perda de mão de obra essencial, com trabalhadores deixando seus postos após as batidas do ICE.
O deputado Glenn Thompson (Republicano - Pensilvânia), presidente do Comitê de Agricultura da Câmara, classificou as operações em fazendas como "simplesmente erradas" e pediu foco apenas em criminosos, para evitar colapsos na cadeia de abastecimento de alimentos.
Pressões internas no próprio Partido Republicano, especialmente de estados agrícolas, aceleraram o recuo.
Fazendas e frigoríficos de estados como Nebraska e Califórnia relataram queda no comparecimento dos trabalhadores após as ações do governo.
O setor agropecuário norte-americano, altamente dependente de mão de obra imigrante, foi diretamente afetado, com riscos para a produção e o abastecimento interno.
1.300 prisões diárias em junho, mais que o dobro dos primeiros 100 dias de governo, segundo dados obtidos pela CBS.
A meta do governo é atingir 3.000 prisões por dia, buscando alcançar 1 milhão de detenções no primeiro ano do mandato.
Apesar do discurso rígido, as próprias empresas de Trump utilizaram, desde 2008, pelo menos 1.880 trabalhadores sazonais estrangeiros com vistos temporários, empregados em empreendimentos como Mar-a-Lago, clubes de golfe e vinícolas, segundo levantamento da Forbes com base em dados do Departamento de Trabalho dos EUA.
A partir de agora, segundo diretriz do ICE divulgada após a pressão, estão suspensas as ações em:
🛑 Fazendas e plantações
🏨 Hotéis e restaurantes
🏗️ Outros locais de trabalho vinculados à agricultura, pecuária e hospitalidade
As ações se concentram exclusivamente em grandes centros urbanos, e as prisões de imigrantes sem antecedentes criminais também foram limitadas.
A política de deportações agressivas liderada por Stephen Miller, arquiteto dos planos migratórios de Trump, gerou protestos em diversas cidades, como na região de Los Angeles, após batidas em locais como Home Depot, frigoríficos e fazendas na Califórnia e Nebraska.
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