A Petrobras encerrou o primeiro trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 35 bilhões (US$ 6 bilhões), impulsionada pelo aumento na produção e comercialização de petróleo, além de um cenário externo mais favorável. O resultado financeiro foi divulgado nesta segunda-feira (13) e aponta crescimento expressivo de caixa e investimentos, com destaque para os projetos no pré-sal.

O EBITDA ajustado foi de R$ 61 bilhões (US$ 10,5 bilhões), enquanto o fluxo de caixa operacional (FCO) somou R$ 49,3 bilhões (US$ 8,5 bilhões). Desconsiderando variações cambiais e eventos pontuais, o lucro recorrente no período foi de R$ 23,7 bilhões (US$ 4 bilhões), representando uma alta de 31% sobre o quarto trimestre de 2024.

“Iniciamos 2025 com resultados robustos, reflexo da nossa capacidade técnica e do compromisso com o valor gerado à sociedade brasileira”, afirmou a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.

Principais indicadores financeiros do 1º trimestre de 2025

• Lucro líquido: R$ 35 bilhões

• Lucro recorrente: R$ 23,7 bilhões

• EBITDA ajustado: R$ 61 bilhões

• EBITDA ajustado sem eventos exclusivos: R$ 62,3 bilhões

• Fluxo de Caixa Operacional: R$ 49,3 bilhões

• Tributos pagos à sociedade: R$ 65,7 bilhões

• Dividendos e JCP anunciados: R$ 11,72 bilhões

Produção e operações

A produção total de óleo e gás da Petrobras no 1º trimestre de 2025 atingiu 2,77 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), um aumento de 5,4% em relação ao trimestre anterior. Entre os destaques:

• Entrada em operação do FPSO Almirante Tamandaré, no Campo de Búzios, com capacidade de 225 mil barris/dia.

• Chegada do FPSO Alexandre de Gusmão ao Campo de Mero, com início das operações previsto entre o 2º e 3º trimestres.

• Novas descobertas na Bacia de Campos (Bloco Norte de Brava) e na Bacia de Santos (Aram e Búzios).

Investimentos e pré-sal

A Petrobras investiu R$ 23,7 bilhões (US$ 4,1 bilhões) no trimestre, o equivalente a 22% do guidance anual, com foco nos campos de Búzios e Atapu, onde foram realizadas novas perfurações, interligações e construção de plataformas.

“Estamos executando projetos que geram valor aos acionistas e sustentam nossa curva de produção”, destacou o diretor financeiro Fernando Melgarejo.

Destaques em refino, comercialização e sustentabilidade

• Conclusão do Trem 1 da RNEST, ampliando a produção de diesel S-10 em 6 mil barris/dia.

• Operação do 2º módulo da UPGN do Complexo Boaventura, com capacidade de 21 milhões de m³/dia de gás natural.

• Primeira venda de VLSFO com 24% de conteúdo renovável para o mercado asiático, em parceria com a Golden Island.

• Contrato com a estatal indiana BPCL para exportar até 6 milhões de barris de petróleo por ano a partir de 2025.

Parceria com o BNDES para reflorestamento na Amazônia

A Petrobras firmou com o BNDES uma parceria para recuperar até 50 mil hectares da Amazônia e fortalecer o mercado de créditos de carbono. O projeto prevê a captura de cerca de 15 milhões de toneladas de CO₂, integrando a estratégia de transição energética da companhia.