 
 Polícia / Agro
Agraer e empresários são alvos da PF em operação contra grilagem de terras da União no Pantanal
Mandados são cumpridos em Campo Grande e Rio Brilhante; esquema fraudava documentos para apropriação de áreas públicas
08/05/2025
07:15
DA REDAÇÃO
 
 Equipe da PF está na sede da Agraer, no cumprimento de um dos mandados de busca ©Marcos Maluf
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (8) a Operação Terra Nullius, com o objetivo de desarticular um esquema de grilagem de terras da União no Pantanal sul-mato-grossense. A ação envolve o cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e um em Rio Brilhante, além do sequestro de bens e bloqueio de valores que podem ultrapassar R$ 3 milhões.
As investigações revelam que empresários e fazendeiros da região agiam em conluio com servidores da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul) para fraudar documentos públicos. O objetivo era obter a titulação de terras situadas na região do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, em área de fronteira e com proteção ambiental.
Segundo a PF, o grupo emitia e comercializava Cotas de Reserva Ambiental (CRA) e Títulos de Cota de Reserva Ambiental Estadual (TCRAE) de forma ilegal, com inserção de documentos falsos em processos administrativos.
Entre os alvos da operação estão a sede da Agraer, em Campo Grande, e o condomínio de luxo Terraville, no Parque dos Poderes. As equipes da PF também percorrem outros bairros da Capital com cerca de 40 agentes mobilizados. Não há confirmação, até o momento, sobre prisões ou materiais apreendidos.
A Polícia Federal apura os seguintes crimes:
Falsidade ideológica
Grilagem de terras públicas
Associação criminosa
Crimes ambientais
A Agraer, mencionada como uma das instituições envolvidas no esquema, ainda não se manifestou oficialmente sobre a operação.
A operação visa frear a expansão irregular sobre áreas ambientalmente protegidas no Pantanal, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo. A apropriação indevida de terras públicas representa ameaça à preservação da região e prejuízos ao patrimônio da União.
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