Campo Grande (MS), Sábado, 12 de Abril de 2025

Política / Economia e Comércio Exterior

Lula sanciona Lei de Reciprocidade e Brasil se prepara para reagir a tarifaço dos EUA

Nova legislação autoriza medidas de retaliação comercial contra países que imponham sanções unilaterais, como as anunciadas por Trump

11/04/2025

23:55

NAOM

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta sexta-feira (11), a Lei de Reciprocidade, permitindo ao Brasil adotar contramedidas comerciais contra nações que impuserem barreiras unilaterais às exportações brasileiras. A nova legislação chega em meio a tensões com os Estados Unidos, após o anúncio de tarifas de importação sobre produtos de mais de 180 países.

Aprovado pelo Congresso Nacional com apoio tanto da base governista quanto da oposição, o texto entra em vigor sem vetos e é considerado um avanço estratégico na defesa do comércio brasileiro.

Destaques da nova legislação

“Este episódio entre Estados Unidos e Brasil deve nos ensinar definitivamente que, nas horas mais importantes, não existe um Brasil de esquerda ou de direita, existe apenas o povo brasileiro”, afirmou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

O que muda com a Lei de Reciprocidade:

  • Permite a imposição de tarifas adicionais sobre produtos estrangeiros;

  • Autoriza a suspensão de concessões comerciais;

  • Permite não cumprir obrigações de propriedade intelectual;

  • Prevê consultas públicas e análises técnicas, mas autoriza ações imediatas em casos excepcionais;

  • As medidas precisam ser proporcionais ao impacto econômico das sanções impostas por outros países.

Contexto internacional

A sanção ocorre em resposta às novas tarifas anunciadas pelo governo norte-americano, herdadas da política comercial do ex-presidente Donald Trump. Embora o Brasil tenha recebido a menor alíquota geral (10%), produtos como aço e alumínio continuam enfrentando tarifas de 25%.

Apesar do embate diplomático, o governo Lula tem priorizado o diálogo e a atuação institucional por meio dos ministérios das Relações Exteriores e da Indústria, Comércio e Serviços, evitando até agora ações retaliatórias diretas.


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