Economia / Relações Internacionais
Trump suspende tarifas por 90 dias para aliados, mas aumenta para 125% as taxas sobre importações chinesas
Medida exclui a China e reforça tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo; Brasil será beneficiado com tarifa reduzida
09/04/2025
15:45
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) a suspensão temporária de 90 dias na cobrança de tarifas sobre produtos de países que não retaliaram as medidas econômicas impostas anteriormente por Washington. A exceção à nova política é a China, que terá suas tarifas elevadas de 104% para 125% sobre produtos exportados aos EUA.
A medida foi divulgada por Trump na Truth Social e confirmada em pronunciamento realizado nos jardins da Casa Branca. Segundo o presidente, mais de 75 países iniciaram negociações comerciais com os Estados Unidos, incluindo temas como tarifas e manipulação cambial.
“Autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma tarifa recíproca substancialmente reduzida, de 10%, com efeito imediato”, afirmou Trump. “Mas a China ficou de fora por sua falta de respeito aos mercados mundiais.”
O anúncio representa um movimento estratégico da gestão Trump para reorganizar acordos comerciais internacionais em condições mais favoráveis aos Estados Unidos. Entre os beneficiados estão países como Brasil e Vietnã, que terão tarifas temporariamente limitadas a 10% sobre exportações para o mercado norte-americano.
China: tarifa elevada de 104% para 125%
Brasil e outros países aliados: tarifa reduzida para 10% por 90 dias
Vietnã: tarifa reduzida por 90 dias; caso não haja acordo, voltará a 46%
A escalada da tensão com a China teve reflexos imediatos no mercado financeiro. O dólar chegou a subir mais de 1% nas primeiras horas da manhã, mas recuou ao longo do dia e era negociado a R$ 5,89 no início da tarde.
Já a China reagiu ao aumento das tarifas americanas, anunciando um acréscimo de 84% nas alíquotas sobre importações de produtos dos EUA, acirrando ainda mais a disputa comercial entre as duas potências.
A nova política tarifária de Trump reforça sua posição em ano eleitoral e seu discurso de defesa do "comércio justo" com reciprocidade. A exclusão da China da trégua tarifária é interpretada como um recado político e econômico à liderança chinesa, em um momento de deterioração das relações bilaterais.
A estratégia busca equilibrar a balança comercial e reforçar a competitividade das empresas norte-americanas, ao mesmo tempo em que estimula a renegociação de tratados multilaterais sob novos termos.
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