Política / Segurança Pública
Deputado Caravina critica demora da Sejusp e cobra força-tarefa para mais de 1,7 mil boletins represados em Dourados
Parlamentar denuncia falhas no atendimento a vítimas de violência doméstica e exige grupo de trabalho urgente no município
01/04/2025
12:00
DA REDAÇÃO
deputado estadual Pedro Caravina (PSDB)
O deputado estadual Pedro Caravina (PSDB) fez duras críticas à Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp) durante a sessão desta terça-feira (1º) da Assembleia Legislativa, ao denunciar a falta de resposta do Estado diante da grave situação da violência doméstica em Dourados, cidade localizada a 230 quilômetros da Capital.
Segundo o parlamentar, há cerca de 1.700 boletins de ocorrência relacionados a violência doméstica parados na cidade — sem encaminhamento para instauração de inquérito ou medidas protetivas. Caravina protocolou um requerimento formal exigindo esclarecimentos da Sejusp sobre o número exato de casos represados e a ausência de um grupo de trabalho específico para Dourados, como o criado anteriormente em Campo Grande.
“A informação que tenho é que Dourados está em situação pior que Campo Grande. Seria o equivalente a termos 8.500 casos aqui na Capital. E lá não temos grupo de trabalho, não temos força-tarefa. Isso é inadmissível diante da gravidade dos casos”, disparou Caravina da tribuna.
O deputado destacou que os dados mencionados ainda não são oficiais, mas que a falta de transparência e ação imediata da Sejusp apenas agrava o cenário. Ele cobrou providências urgentes e criticou o que classificou como negligência institucional no enfrentamento à violência contra a mulher.
“Antes de voltarmos a debater mais um feminicídio, precisamos dar visibilidade ao que está acontecendo. Se esses 1.700 casos forem confirmados, o Estado tem a obrigação de agir imediatamente com uma força-tarefa, identificar os casos com risco real de agravamento e proteger essas mulheres”, reforçou.
Confirmação do número de boletins de ocorrência represados em Dourados
Cronograma de análise e encaminhamento das ocorrências
Criação de grupo de trabalho específico para Dourados, nos moldes do que já foi implementado em Campo Grande
Ações imediatas para evitar que casos de violência doméstica evoluam para feminicídios
Caravina ainda ressaltou que sua cobrança não tem como alvo os policiais, mas sim o sistema de gestão da segurança pública, que precisa dar suporte adequado aos profissionais e estruturar políticas eficazes de proteção à mulher.
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