Campo Grande (MS), Segunda-feira, 31 de Março de 2025

Política / Infraestrutura

Junior Mochi cobra solução para inadimplência da CCR MSVia na concessão da BR-163 em MS

Deputado aponta descumprimento de contrato, mortes na rodovia e defende suspensão de leilão para nova repactuação

26/03/2025

13:30

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O deputado estadual Junior Mochi (MDB) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), nesta quarta-feira (26), para cobrar providências sobre a concessão da BR-163 à CCR MSVia, destacando o descumprimento contratual, o alto número de acidentes e a urgência de intervenção por parte do Ministério Público Federal (MPF) e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

“A concessionária assumiu em 2014 o compromisso de duplicar os 845 km da BR-163 de Sonora a Mundo Novo. Passaram-se 11 anos e apenas 18% da obra foi executada”, denunciou Mochi. “Nesse período, foram mais de 480 mortes. Só em 2024, já foram 865 acidentes e 74 óbitos.”

Audiências públicas e apelo à bancada federal

Segundo o parlamentar, o tema vem sendo debatido em audiências públicas organizadas pela ALEMS em diversas cidades. A última audiência está marcada para 7 de abril, na Câmara Municipal de Campo Grande, com a presença confirmada de toda a bancada federal sul-mato-grossense.

“É um assunto que clama por solução. Cumprimos nosso papel de debater e encaminhar as proposições ao MPF, que tem legitimidade para agir”, afirmou.

Balanço financeiro e pedido de suspensão de leilão

Junior Mochi revelou dados obtidos junto à ANTT, demonstrando incompatibilidade entre os valores arrecadados e os investimentos realizados pela concessionária:

  • R$ 3,977 bilhões obtidos em empréstimos com bancos públicos

  • R$ 3,6 bilhões arrecadados em pedágios desde 2015

  • Apenas R$ 1,9 bilhão investido, segundo os demonstrativos financeiros

Diante desse cenário, o deputado solicitou a suspensão do leilão previsto na B3, que visa à repactuação contratual solicitada pela CCR MSVia.

“Precisamos suspender esse leilão e rever todo o processo. O povo sul-mato-grossense não pode continuar pagando pedágio por uma obra que não foi entregue”, concluiu.


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