POLÍTICA
STF quer julgar Bolsonaro ainda em 2025 para evitar impacto nas eleições de 2026
Ministros planejam acelerar julgamento da trama golpista; defesa pode tentar adiar processo
19/02/2025
09:00
NAOM
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O Supremo Tribunal Federal (STF) mantém a previsão de julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda em 2025, evitando que o caso influencie as eleições presidenciais de 2026.
Segundo quatro ministros consultados, o julgamento idealmente aconteceria no primeiro semestre, ou no início do segundo semestre, permitindo que eventuais recursos se desenrolem até o final do ano e garantindo o cumprimento de possíveis penas antes do início do calendário eleitoral.
Para garantir o andamento rápido do processo, o gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, deve priorizar a análise da denúncia, e a Primeira Turma do STF, responsável pelo julgamento, pode ter sua agenda ajustada para sessões semanais, em vez de quinzenais.
Por outro lado, advogados dos denunciados apostam que o julgamento pode ser postergado, utilizando estratégias para atrasar o andamento da ação, como a inclusão de dezenas de testemunhas e a apresentação de pedidos processuais.
📌 Aceitação da denúncia – O STF decidirá se aceita ou rejeita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Se aceita, Bolsonaro e outros envolvidos se tornarão réus e deverão apresentar defesa.
📌 Fase de testemunhas e interrogatórios – As defesas podem indicar testemunhas, estratégia comum para prolongar o processo.
📌 Alegações finais – Momento em que as defesas contestam as provas apresentadas pela PGR.
📌 Definição da data do julgamento – Após essa fase, o STF poderá marcar o julgamento, que será conduzido pela Primeira Turma, composta por Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia.
A PGR denunciou Bolsonaro e outros 33 investigados na terça-feira (18) pela tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A investigação da Polícia Federal revelou que Bolsonaro teria apresentado a chefes das Forças Armadas um plano golpista. Segundo os indícios levantados, o almirante Almir Garnier, então comandante da Marinha, teria colocado tropas à disposição para apoiar a ruptura institucional.
Os relatos foram confirmados pelo general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, e pelo brigadeiro Carlos Baptista Júnior, da Aeronáutica.
Além das minutas golpistas, a PF apontou que militares do Exército chegaram a elaborar planos para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
Segundo as investigações, Bolsonaro tinha conhecimento desses planos, que teriam sido formulados pelo general da reserva Mário Fernandes, então ocupante de um cargo no Palácio do Planalto.
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