Campo Grande (MS), Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025

POLÍCIA

Com medo de passar mal, deputado acusado de matar Marielle evita cateterismo

Chiquinho Brazão, na prisão, teme sequelas ao ser transportado para exames médicos em viatura policial

14/01/2025

10:00

CGN

DA REDAÇÃO

Chiquinho Brazão durante audiência por vídeo, da Penitenciária Federal de Campo Grande (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Apesar da autorização concedida pelo STF para a realização do cateterismo, o deputado federal João Francisco Inácio Brazão, conhecido como Chiquinho Brazão, ainda não passou pelo procedimento. O parlamentar, atualmente na Penitenciária Federal de Campo Grande e acusado de ser o mandante da morte da vereadora Marielle Franco, demonstra receio de ser levado novamente em viatura policial, pois teria passado mal em uma experiência anterior ao sair do presídio para exames.

Aos 64 anos, Brazão se encontra detido desde 27 de março de 2024, e evita a realização do cateterismo sob custódia policial devido à preocupação com a própria saúde. Segundo informações apuradas pelo Campo Grande News, a defesa do parlamentar planeja avaliar na sexta-feira (17) a possibilidade de solicitar ao ministro Alexandre Moraes do STF que o translado para o exame seja feito em ambulância, caso ele se sinta mais seguro e suas condições de saúde permitam.

O cateterismo, um procedimento invasivo para inserção de cateter na veia ou artéria com objetivo de examinar vasos sanguíneos, já havia sido autorizado pelo ministro Alexandre Moraes após avaliação médica em outubro. A decisão determinou que o exame fosse realizado imediatamente sob escolta da Polícia Federal.

Os advogados de Brazão destacam que ele possui várias condições médicas, incluindo hipertensão arterial, diabetes, histórico de cardiopatia, angioplastia com stent, além de doenças crônicas e metabólicas. Tais fatores agravam seu risco de complicações durante o transporte e o procedimento.

A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) informou que não repassa dados específicos sobre custodiados do sistema federal, mas ressaltou que as penitenciárias contam com unidades de saúde e profissionais capacitados, atuando em parceria com o SUS. Em casos complexos, o custodiado é mantido sob cuidados intensivos de uma equipe multiprofissional, com suporte de telemedicina e escolta policial conforme protocolo de segurança.

A delação premiada do miliciano Ronnie Lessa, homologada pelo STF, alega que Chiquinho Brazão teria planejado a execução da vereadora Marielle Franco após uma “reação descontrolada” à votação do Projeto de Lei Complementar 174/2016. O irmão do deputado, Domingos Brazão, também está preso sob acusação relacionada ao caso em Porto Velho, Rondônia. Além disso, a investigação aponta o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, como participante do plano para matar Marielle.


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