Trabalho escravo
176 empregadores são incluídos na ‘Lista Suja’ do trabalho escravo
Denúncias incluem condições análogas à escravidão em setores como produção de carvão vegetal, trabalho doméstico e criação de bovinos
08/10/2024
08:00
NAOM
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou nesta segunda-feira (07) a nova atualização da "Lista Suja" do trabalho escravo, que incluiu 176 empregadores por submeterem trabalhadores a condições análogas à escravidão. Paralelamente, 85 empregadores foram retirados do documento após completarem dois anos de permanência na lista, conforme as regras estabelecidas pelo governo.
A produção de carvão vegetal lidera as denúncias, com 22 empregadores incluídos na lista por práticas de trabalho em condições degradantes. O trabalho doméstico aparece em segundo lugar, com 20 empregadores denunciados. Outros setores também foram destacados, incluindo:
A "Lista Suja" é um documento de caráter público, divulgado semestralmente, em abril e outubro, pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O objetivo é dar transparência aos resultados das fiscalizações realizadas contra o trabalho análogo à escravidão, expondo empregadores que foram flagrados em práticas ilegais. Os nomes podem permanecer na lista por dois anos, prazo em que as empresas precisam comprovar que cessaram as irregularidades para serem retiradas do documento. Em casos específicos, o período de permanência pode ser alterado.
A atualização de abril deste ano marcou um recorde histórico, com 248 empregadores adicionados à lista, a maior quantidade já registrada desde o início das publicações da "Lista Suja". Esse aumento reflete o trabalho intensivo das operações de fiscalização e a crescente atenção das autoridades para coibir as condições de trabalho degradantes.
A inclusão na "Lista Suja" acarreta consequências significativas para os empregadores, como restrições no acesso a crédito em bancos públicos e queda na reputação junto ao mercado e à sociedade. A visibilidade negativa também dificulta a relação com clientes e fornecedores, impactando diretamente os negócios. A lista é utilizada como referência por empresas e instituições que buscam garantir condições justas de trabalho em suas cadeias produtivas.
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