A deputada reuniu-se com lideranças, ouviu reivindicações em relação às condições de trabalho e observou como são realizadas as atividades da pesca. Durante a demonstração de práticas de pesca, a deputada Gleice pôde compreender in loco o que significa tentar ganhar a vida, exercendo a profissão de pescador, sobretudo em condições tão adversas. Gleice Jane navegou sobre as águas do rio Paraná e constatou o baixo nível da água e o ressecamento dos berçários de peixes.  Tomou conhecimento sobre como ocorre a piracema nesse trecho do rio, quando os peixes devem subir por uma escadaria ao lado da barragem. Com essa experiência, a deputada constatou como as atividades da pesca estão interligadas à proteção ambiental. Os pescadores reivindicaram melhores condições de trabalho e cuidados com o meio ambiente, apresentando inclusive soluções. Segundo os pescadores, a troca de turno da abertura das comportas e o aumento do fluxo de água amenizariam os impactos ambientais e da pesca, pois melhorariam a oxigenação da água, possibilitando o aumento e a diversidade de peixes no rio. 

A troca do turno ajudaria também a diminuir o acúmulo de algas que se aglomeram nas redes, afugentando os peixes e causando avarias às tralhas de pesca, causando prejuízos aos pescadores e pescadoras. Estes se queixaram que não conseguem pescar e ficam impotentes diante dos impactos ambientais que tanto os assolam, pois o rio raso, sem a força das águas, não oferece condições para a reprodução de peixes e compromete todo o entorno.  

Os pescadores e pescadoras reiteraram que o trabalho da pesca está interligado às questões ambientais, enfatizando a necessidade de ter cuidado com as águas, com a preservação de espécies da fauna e da flora, com o equilíbrio ecológico, com a garantia de vazão da água no rio, etc.. “Foi um dia de muita aprendizagem”, disse a deputada, e completou destacando que ouvir as pessoas que vivem seus problemas é fundamental para exercer a função parlamentar e pensar soluções com a população. Além disso, a deputada destacou que as questões econômicas não podem sobrepor as   ambientais, e que o poder público deve buscar soluções para equacionar essas questões. A deputada deixou o local, propondo-se a levar esse assunto e a reivindicação dos pescadores e pescadoras para serem debatidos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.