MUNDO
Hezbollah intensifica ataques, Israel declara estado de emergência
O grupo xiita libanês Hezbollah anunciou que o seu ataque contra objetos militares israelitas, com 'drones' e foguetes, terminou por hoje e atingiu os seus objetivos. Entenda as últimas horas de guerra.
25/08/2024
07:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Os confrontos entre as forças armadas israelenses e o Hezbollah, que já duram meses, escalaram significativamente nas últimas horas, aumentando o temor de uma escalada generalizada no Oriente Médio, que poderia levar a um conflito total na região.
Israel declarou que lançou "ataques preventivos" contra alvos do Hezbollah no Líbano, após identificar que o grupo militante preparava o lançamento de mísseis e foguetes em direção ao território israelense.
Em resposta, o Hezbollah afirmou ter retaliado os ataques, mencionando o recente assassinato de um de seus comandantes militares de topo como motivo. O grupo, apoiado pelo Irã, anunciou que a "primeira fase" de sua retaliação havia sido concluída com "êxito total". Segundo as forças armadas israelenses, cerca de 200 foguetes foram lançados do Líbano em direção a Israel.
O Hezbollah destacou que essa fase se concentrou em atingir alvos militares israelenses estratégicos, para impedir a interceptação de uma segunda onda de ataques com drones, destinada a atingir um "alvo desejado em profundidade", sem especificar qual seria esse alvo.
Após anunciar que sua operação havia atingido os objetivos previstos para o dia, o grupo xiita libanês declarou encerrada a fase atual dos ataques com drones e foguetes contra alvos militares israelenses.
Israel declara estado de emergência militar
Em resposta à intensificação dos ataques, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou estado de emergência militar. O Ministério da Defesa informou que Gallant ativou uma "situação especial na frente interna", permitindo ao exército israelense emitir instruções diretas aos cidadãos, como limitar aglomerações e fechar determinados locais.
As autoridades israelenses impuseram restrições em todo o território ao norte de Tel Aviv, limitando reuniões a 30 pessoas ao ar livre e a 300 em ambientes fechados, além de proibir o acesso a praias próximas à fronteira.
Escritórios e instituições de ensino podem continuar funcionando desde que disponham de abrigos antibombas nas proximidades.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu "fazer tudo" para garantir a segurança e o retorno dos habitantes deslocados ao norte do país. "Estamos determinados a proteger nosso país, trazer os habitantes do norte de volta para suas casas com segurança e aplicar uma regra simples: quem nos fizer mal, será retaliado", afirmou Netanyahu em uma reunião do gabinete de segurança israelense.
Israel também entrou em contato com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, confirmando que realizou "ataques de precisão" contra o Líbano. O Pentágono assegurou que os EUA estão "prontos para apoiar" a defesa de Israel, enquanto as forças israelenses continuam a bombardear o Líbano para conter "um ataque em grande escala" do Hezbollah.
As hostilidades tiveram início em 8 de outubro de 2023, um dia após o início da guerra na Faixa de Gaza entre as forças de Tel Aviv e o Hamas.
O Hezbollah faz parte do "Eixo da Resistência", uma coalizão liderada pelo Irã que inclui, entre outros, o grupo extremista palestino Hamas e os rebeldes huthis do Iêmen.
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