ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Deputados da ALEMS debatem o conflito que acontece em território israelense
17/10/2023
11:20
CHRISTIANE MESQUITA
©DIVULGAÇÃO
Na tribuna, o deputado estadual Rafael Tavares (PRTB) abordou um assunto que é uma preocupação mundial, na atualidade. “Trago aqui uma Moção de Repúdio apresentada nesta manhã (17), que será votada amanhã, porque eu acho muito importante essa Casa se posicionar diante de um tema tão sensível, que está sendo discutida no mundo todo”, relatou.
“Acho fundamental que nós, do Mato Grosso do Sul, nos posicionemos em relação a um grupo que está promovendo uma guerra contra inocentes e não falo de todo o povo palestino. O grupo terrorista Hamas não representa a maioria de quem vive na Palestina. Convido a quem quiser assinar a moção, já tenho oito assinaturas”, declarou o parlamentar.
“A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, neste ato, manifesta seu mais veemente repúdio contra os ataques terroristas perpetrados pelo grupo Hamas ao povo Judeu e à população de Israel. Os ataques terroristas indiscriminados realizados por esse grupo contra civis, bem como suas ações de desestabilização na região, são atos de violência inaceitáveis que merecem a condenação unânime da comunidade internacional”, traz o início do texto elaborado pelo deputado Rafael Tavares.
O deputado estadual Pedro Kemp (PT) parabenizou a atuação do Governo Federal, em relação a repatriação dos brasileiros. “O governo está sendo um exemplo e modelo para o mundo, na repatriação de quem estava lá. A atuação de um governo democrático e preocupado com o seu cidadão”, definiu.
O deputado Zé Teixeira (PSDB) considera que o assunto não é tão simples. “Falei como meu colega Rafael Tavares, a Moção de Repúdio contra o terrorismo eu assino. Eu queria dizer que o mundo está de cabeça para baixo, o Putin [Vladimir Putin, presidente da Rússia] mata os ucranianos, mas não declara que o Hamas é um grupo terrorista. A moção do Lula está aguardando para ser votada, e ele está tentando mediar acabar com o conflito e salvar as vidas que estão lá, homens, mulheres e crianças e reféns. Aquela guerra entre mulçumano e judeus existe desde que o mundo é mundo. Tenho a impressão que não vai acabar muito bem isso, e o perigo maior são os outros países, que aí pode chegar acontecer coisa muito pior ao mundo e ao Brasil”, alertou.
O deputado e presidente Gerson Claro (PP) contou uma frase que sempre o intrigou. “João Leite Schimidt me ensinou uma coisa, ele sempre me questionava: Sabe porque todo mundo tem medo do Diabo? É porque ele já viveu muito, é velho. Falo isso porque quando ouço o senhor [Zé Teixeira] com a sua maturidade e idade se expressar sobre um assunto para ser tratado com seriedade e que afeta toda a humanidade. Um assunto que não é tão simples, como o senhor disse, para a gente refletir até como afeta dentro de nossas casas, e no cotidiano. É com esse tipo de manifestação que a nossa república e nosso país pode crescer”, afirmou.
O deputado Lidio Lopes (Patriota) destacou outro aspecto triste deste conflito. “Me preocupo em ver nos aeroportos brasileiros os jovens israelenses nas filas embarcados, convocados para se alistarem nesta guerra, uma geração contaminada com os problemas. A gente não sabe onde essa guerra pode chegar, o momento de intercedermos por Israel, momento de oração”, disse.
O conflito entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, dos quais descendem israelenses e palestinos. Em diferentes momentos, guerras e ocupações, eles já foram expulsos, retomaram terras, ampliaram e as perderam. Em 1987, um grupo político palestino ligado ao movimento político islâmico sunita, chamado “Irmandade Mulçumana”, gerou o movimento Hamas. Este grupo não aceita a presença dos judeus e israelitas naquela região.
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