Guerra pressiona valor do trigo e preço da pizza deve subir até semana que vem
Encarecimento será de no mínimo R$ 3,00 a R$ 5,00 a contar da segunda-feira (21)
15/03/2022
17:50
CAMPOGRANDENEWS
KARINE ALENCAR
Pizzas terão reajustes de R$3,00 a R$5,00 ©Paulo Francis
Os frutos amargos do conflito entre a Rússia e a Ucrânia na economia mundial já começaram a impactar inúmeros setores. Além da alta do pãozinho francês, de quarta-feira (16) ao longo da semana que vem, a pizza também deve passar por reajustes. O encarecimento será no mínimo R$3,00 a R$5,00.
"Estamos fazendo de tudo para manter o valor, até porque ficamos naquela expectativa: o que vai acontecer? esse cenário vai melhorar? não vai? enquanto isso a gente vai sentindo no caixa", conta Paulo Ferreira de Oliveira, gerente da pizzaria Splendore, localizada na Avenida Ceará.
O acréscimo nos cardápios também tem dia marcado para iniciar na Ped Pizza da Avenida Coronel Antonino, e vai começar um pouco antes, onde a mais barata que custa R$33,00 pode chegar a R$38,00, conforme conta o proprietário Edson Gamarra de 46 anos. "Estamos sofrendo um reajuste muito brusco, a gente não consegue acompanhar, vamos precisar fazer essa correção de preço nesta quarta-feira (16)", destaca o empresário.
Desde o início da guerra o preço do trigo quase dobrou e a instabilidade ainda deve durar por um longo período de tempo, de acordo o presidente-executivo da Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo), Rubens Barbosa.
"Os preços vão continuar aumentando, os valores do trigo quase dobraram e vão se manter muito acima do que era há um mês, por exemplo. O problema é que o trigo vai ser encontrado pelo preço mais elevado e não temos um controle do que é repassado aos consumidores em supermercados", destaca.
Ainda de acordo com Rubens, a disparada também está ligada ao trigo consumido no Brasil ser importado de outros países como: Argentina, Estados unidos , Paraguai e Urugaui. "É uma instabilidade que envolve todos".
" Atualmente 60% do trigo do Brasil é comprado desses países, desse todo a Argentina é responsável por 85% do abastecimento. Não sabemos qual será a política de preço da Argentina, como aplicarão essas correções", completa.
Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socieconômicos), inevitavelmente o pão e a pizza não serão os únicos a pesarem no bolso dos consumidores e as famílias brasileiras devem sentir muito com o reflexo da guerra, tendo em vista que o biscoito, bolacha, bolo e macarrão também podem ir às alturas.
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